Programa Fluxo Modal monitora tráfego de caminhões na Cônego Domênico em Guarujá
Congestionamento na margem esquerda do Porto de Santos, há duas semanas, ligou sinal de alerta em secretaria da cidade
Atualizado em 31/03/22 - 15:02
O grande congestionamento de caminhões registrado há duas semanas na Rodovia Cônego Domênico Rangoni ligou o sinal de alerta nos responsáveis pelo Programa Fluxo Modal, criado há um ano pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário (Sedep) de Guarujá para monitorar o tráfego de veículos pesados na margem esquerda do Porto de Santos.
“A gente tenta prever a quantidade de caminhões ou trens que vão chegar, porque alguns bairros e ocupações sub normais ainda são afetados pelo grande fluxo de tráfego. A margem esquerda do Porto recebe uma média de 60 mil caminhões por mês”, diz Paulo Cavini, secretário da Sedep.
Apesar de 14 empresas dos terminais portuários e retroportuários terem se cadastrado no programa e precisarem informar, dois dias antes, o número de veículos que vão trafegar na área do município, não foi possível prever o congestionamento que causou transtornos na região nos dias 16 e 17, já que foi um efeito em cadeia.
“De alguma forma, os pátios reguladores de Cubatão travaram e não estavam mais deixando os caminhões entrar. Até por isso não tivemos capacidade de enxergar (o problema). O trânsito começou a parar na estrada, na serra e liberaram tudo de uma vez, congestionando de forma generalizada”, aponta Cavini.
O congestionamento do último dia 16, inclusive, motivou uma reunião entre representantes da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), concessionária Ecovias, responsáveis pela logística portuária e integrantes do Programa de Gestão Integrada (PGI) na Baixada Santista.
Estrangulamento
Segundo o secretário, cerca de dois mil caminhões circulam diariamente em Guarujá, enquanto a Rodovia Cônego Domênico Rangoni atende três mil caminhões por dia. Nos dois dias de congestionamento, porém, por volta de 8 mil veículos pesados transitaram na via, causando o estrangulamento no tráfego.
“Começou a safra (escoamento) e descontrolou. Tivemos dois dias muito difíceis, mas foi um ponto fora da curva. Quando esse nó acontece, até que desate, demora um ou dois dias para ser resolvido. Foi um caos, mas já desapareceu, a safra continua sendo escoada com ordenamento”, comenta Cavini.
Em 2021, a Sedep registrou a movimentação de 857 mil caminhões e 161 mil vagões no acesso à margem esquerda do Porto. De acordo com o secretário, o projeto da segunda fase da Avenida Perimetral, que deve entrar em licitação este ano, vai melhorar o sistema viário municipal na área portuária.
“O problema na Rua do Adubo, que recebe um fluxo muito grande de caminhões, que entram e saem do Porto, vai ser sanado com a Perimetral. Mas essa é uma obra para, talvez, uns dois anos”, acredita.
