Presidente da Praticagem de São Paulo cai no mar ao embarcar em navio no Porto de Santos

Acidente ocorreu por volta da 1h deste domingo. Prático de 84 anos teve arranhões no rosto e torção na perna esquerda

Por: Bárbara Farias  -  21/04/24  -  19:07
Atualizado em 24/04/24 - 17:41
Fábio Fontes diz que quedas assim são normais na profissão: é a quarta que sofre
Fábio Fontes diz que quedas assim são normais na profissão: é a quarta que sofre   Foto: Vanessa Rodrigues/ Arquivo/ AT

O presidente da Praticagem de São Paulo, Fábio Mello Fontes, de 84 anos, sofreu um acidente na madrugada deste domingo (21), no Porto de Santos. Ele caiu no mar por volta da 1 hora da madrugada quando subia no navio porta-contêineres Cosco Shipping Danube, de 300 metros de comprimento por 48 metros de largura (boca), para fazer a manobra de entrada no canal de acesso do complexo portuário. Fontes sofreu arranhões no rosto e uma leve torção no joelho esquerdo, mas, após ser resgatado do mar, subiu novamente na embarcação para realizar o trabalho.


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Em entrevista para A Tribuna, o prático veterano relatou como foi o acidente. Ele era o segundo prático da manobra. “Como o mar estava um pouco mexido, com marolas de 1,20 m, na hora que eu dei o ‘pulo’ da lancha para o navio, o fiz com um pequeno ângulo, foi o suficiente para que me desequilibrasse um pouco e ficou difícil manter a mão direita no cabo. Com o peso, o meu corpo rodopiou para a esquerda e não consegui suportar. Tentei ficar pendurado com a mão esquerda apenas, mas não foi possível. Buuum! Caí no mar, de costas. O colete inflou num milésimo de segundo e fiquei boiando, confortavelmente, por uns oito minutos”.


Fontes contou ainda que, “como o mar estava um pouco agitado, o meu resgate foi uma operação delicada, onde arranhei o rosto e sofri uma leve torção no joelho esquerdo. Já não tenho mais nenhuma dor. Estou ótimo!”


Quarta queda
Fábio Fontes disse que quedas são comuns na sua profissão. “Foi a quarta vez que eu caí no mar. Na primeira vez, eu tinha 33 anos de idade. Na segunda e na terceira, eu tinha perto de 40 e 42 anos. Isso acontece, é normal na profissão. Nas três primeiras quedas, nem colete eu usava! E estou vivo!”


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