Prefeitura de São Vicente oferece áreas para expansão da poligonal do Porto de Santos
Município tem interesse em instalar armazéns, centros de distribuição e usinas verdes na Área Continental
Atualizado em 26/12/23 - 22:40
A Prefeitura de São Vicente solicitou à Autoridade Portuária de Santos (APS) a inclusão de áreas do Município na poligonal do Porto de Santos. A proposta é analisada pela área técnica da APS.
Por meio de ofício endereçado ao presidente da Autoridade Portuária, Anderson Pomini, a Administração vicentina formalizou o interesse e o potencial da cidade para expansão da atividade portuária na Área Continental, indicando, inclusive, a implantação de usinas de hidrogênio e biometano.
A expectativa de São Vicente é ocupar a área disponível com atividade logística, como armazéns, centros de distribuição e indústria verde.
A expansão do Porto de Santos para São Vicente foi discutida durante reunião realizada entre representantes das secretarias municipais do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Econômico e o superintendente do Meio Ambiente, Saúde e Segurança da APS, Sidnei Aranha, na primeira quinzena de setembro.
Considerando a localização estratégica de São Vicente, próxima ao Porto e às rodovias, o prefeito Kayo Amado (Podemos) argumentou que “ao ampliar sua área de operação, o Porto pode aliviar a sobrecarga em Santos, reduzindo o congestionamento e melhorando sua eficiência. Isso é fundamental para manter a competitividade no mercado global, além de promover o desenvolvimento regional”.
Em nota para A Tribuna, a Autoridade Portuária de Santos informou que “recebeu, em setembro, ofício da Prefeitura de São Vicente demonstrando interesse em incluir áreas do município na poligonal do Porto de Santos e que, no momento, a área técnica está desenvolvendo estudos a respeito”.
Além disso, a estatal que administra o maior complexo portuário do Hemisfério Sul complementou que “o porto fluvial integrado à condomínios industriais é uma das principais vocações da Região Metropolitana da Baixada Santista".
Ainda de acordo com a APS, isso pode "criar opções para que as indústrias possam se instalar em nossa região, reduzindo seus custos logísticos tanto na importação quanto na exportação. Seminários têm debatido o tema na região, buscando opções para expansão das atividades portuárias e retroportuárias, essencial para geração de empregos e desenvolvimento regional”.
A estatal esclarece que é necessário resolver barreiras ambientais para incentivar este desenvolvimento.
“O licenciamento ambiental sobre áreas estuarinas e fluviais, por exemplo, depende de decreto do Governo Federal tornando de utilidade pública áreas voltadas para empreendimentos no entorno dos portos marítimos. Considerando que o estuário do Porto de Santos tem capacidade finita, em um futuro próximo sua expansão ocorrerá para regiões a seu montante, criando, assim, um novo potencial logístico e um polo industrial repleto de oportunidades.
