Porto de Santos recebe composição com 120 vagões carregados com soja
Operação teve como origem os terminais ferroviários de Rio Verde e de São Simão, em Goiás, e está em fase de testes
O Porto de Santos recebeu uma composição com 120 vagões carregados de soja na quinta-feira (3). A carga teve como origem os terminais ferroviários de Rio Verde e de São Simão, em Goiás. A operação inédita marcou o início de testes que podem impulsionar o transporte de grãos que seguem para a exportação no complexo marítimo.
A viagem começou no último domingo (30). Primeiro, um trem com 40 vagões carregados iniciou viagem no terminal multimodal da Rumo em Rio Verde. Depois, outros 80 vagões foram acoplados em uma outra instalação da companhia, em São Simão.
Segundo a empresa, dos 120 vagões que chegaram ao cais santista, 40 seguiram pela Margem Direita (Santos). Estes foram descarregados parte no terminal da operado pela Rumo, na região de Outeirinhos, e outra parte no Terminal 12A, no Paquetá.
Já os outros 82 seguiram pela Margem Esquerda (Guarujá). Neste caso, a descarga aconteceu no Terminal de Granéis de Guarujá (TGG).
A integração entre os dois terminais operados pela Rumo foi possível após investimentos de R$ 711 milhões em obras de infraestrutura. Esse corredor liga o estado de Goiás ao Porto de Santos, por meio da conexão entre as malhas da Ferrovia Norte-Sul e a Malha Paulista.
De acordo com a Rumo, o primeiro terminal a entrar em operação foi o de São Simão. Rio Verde será o segundo. No primeiro caso, haverá o transbordo de grãos (soja e milho) e farelo de soja. A capacidade operacional é de aproximadamente 5,5 milhões de toneladas por ano.
Já em Rio Verde, o terminal multimodal também vai movimentar combustível e contêineres. Segundo a Rumo, a Malha Central tem um papel estratégico, pois permite o acesso a novos mercados e aumenta a eficiência do atendimento prestado pela concessionária aos clientes, agregando terminais de transbordo em novas geografias.
Contrato
Em março de 2019, a Rumo arrematou em leilão os tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, ainda com obras para serem finalizadas. A subconcessão foi assinada em julho do mesmo ano.
Com duração de 30 anos, o contrato compreende 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), que a Rumo denominou Malha Central.
Para torná-la operacional, a concessionária ferroviária investiu em obras de infraestrutura, terminais e material rodante. As obras executadas incluíram a construção de quatro pontes entre os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo; um pátio de ligação em Estrela D´Oeste; e a implantação dos trilhos que restavam para conectar esses três estados.
