Um total de 147 milhões de toneladas de cargas entraram ou saíram do País pelo Porto de Santos durante todo o ano passado. O volume segue praticamente a mesma tendência do ano anterior, 2020, com aumento de 0,3%. Porém, demonstra a necessidade da ampliação de áreas para operações, principalmente, de contêineres e fertilizantes no cais santista.
Entre janeiro e dezembro, a movimentação de caixas metálicas cresceu 14,2%, ampliando a movimentação para 4,8 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Para o diretor de Operações da Santos Port Authority (SPA), Marcelo Ribeiro de Souza, a marca representa um alerta para a necessidade de novas infraestruturas.
“Nossa capacidade atual é de 5,3 milhões de TEU. A SPA, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Ministério da Infraestrutura já estão preparando o leilão de nova área para operação de contêineres, o STS 10, que deve ocorrer no segundo semestre deste ano”, explica.
Trata-se de um novo terminal de contêineres que deverá ser leiloado no cais do Saboó. A ideia é garantir uma maior oferta para a movimentação da carga no complexo santista.
Ribeiro acrescenta, ainda, a importância de se ampliar a capacidade também de movimentação de fertilizantes, que somaram 7,9 milhões de toneladas no ano passado, um crescimento de 21,5%.
“O STS 53 é determinante para que Santos disponibilize infraestrutura adequada à demanda para essa carga. Hoje não conseguimos atender, na totalidade, o volume de fertilizantes de nossa área de influência por falta de capacidade instalada”, afirma o executivo.
Cargas
As cargas de importação se sobressaíram com aumento de 10,4%, somando 43,9 milhões de toneladas. Já as cargas de exportação apresentaram redução de 3,5%, atingindo 103 milhões de toneladas.
Mesmo com a queda, os embarques de soja em grão cresceram 10,5% sobre o ano anterior, atingindo 23,3 milhões de toneladas, mostrando o potencial do agronegócio.
Para o diretor-presidente da SPA, Fernando Biral, o bom desempenho mesmo em meio à pandemia da covid-19 é “reflexo do potencial e atratividade do Porto de Santos no processo de desestatização. O Porto não para de crescer e aprimorar suas operações, atraindo cada vez mais cargas e mantendo-se na vanguarda no cenário portuário nacional”.