Porto de Santos é alvo de operação de combate ao tráfico e pesca ilegal
Embarcação que navegava perto da plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, teve 5 mil quilos de atum apreendidos
Combate ao tráfico de drogas, contrabando e pesca ilegal. Este é o foco da Operação Ágata, que está sendo realizada no Porto de Santos. A ação, que deve continuar na próxima semana, envolve diversos órgãos e é realizada simultaneamente em vários locais do País. Mais de 100 embarcações foram inspecionadas e, nesta sexta-feira (17), uma foi apreendida por não respeitar o limite de segurança das plataformas de petróleo. E mais de 5 mil quilos de atum serão doados para instituições de caridade.
A Ágata é articulada pelo Ministério da Defesa e tem mais de 2,1 mil pessoas destacadas para os trabalhos. Envolve órgãos como a Marinha do Brasil, através do Grupamento de Patrulha Naval Sul Sudeste (GPNSS), o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Federal (PF), Receita Federal, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Nacional de Inteligência (Abin).
A operação foi pensada para prevenção, fiscalização e repressão de delitos transfronteiriços e de crimes ambientais. De acordo com a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região, a aeronave Posseidon também foi destacada para a operação.
Ela flagrou uma embarcação de pesca que trafegava muito próximo a uma plataforma de petróleo, a Mexilhão, na Bacia de Santos. A equipe no ar deu o alerta para os ocupantes da embarcação Barracuda, do Grupamento de Patrulha Naval, que realizou a abordagem.
O Ibama aponta que a pesca é proibida em um raio de 500 metros de distância das plataformas de petróleo e gás, uma vez que o choque de uma embarcação contra a plataforma pode causar acidentes e danos ambientais.
Nesta embarcação, foram apreendidos 5 mil quilos de atum. Todo pescado será doado para entidades beneficentes, através da Polícia Ambiental, que tem um cadastro prévio utilizado para o repasse de alimentos.
Balanço
De acordo com o comando do 8º Distrito Naval da Marinha do Brasil, 102 embarcações foram vistoriadas. Delas, 19 foram notificadas.
Duas delas realizavam limpeza de casco não autorizada, uma descartou água de antes das 12 milhas náuticas e houve ainda um navio em preparação para limpeza do porão. Outras cinco embarcações estavam com títulos de inscrição vencidos e sete condutores com habilitações vencidas.
No total, 45 pessoas foram revistadas. De acordo com a Marinha, quatro embarcações foram apresadas. Neste caso, uma tinha falta de tripulação mínima exigida, outra com excesso de passageiros e duas com condutores com documentos vencidos.
