Ministro Márcio França tratará com Lula forma de concessão de aeroportos
Ele citou os planos para construção de “aeroportos regionais”
Atualizado em 04/01/23 - 17:30
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que também cuidará da gestão dos aeroportos nacionais, afirmou à imprensa que pretendia estar com o presidente Lula no voo para Santos, onde está sendo velado o corpo de Pelé (leia no caderno A), “para a gente conversar um pouco” sobre o formato de concessão de aeródromos.
Segundo o ministro, que dependerá da “interpretação” de Lula o destino de aeroportos privados que serão devolvidos ao Poder Público. A medida passará, em seu ponto de vista, pelo fortalecimento da Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros.
“Os aeroportos que eles (Governo anterior) conseguiram conceder em cinco lotes, dois (os concessionários) estão devolvendo. Alguma coisa está errada. Não foi feito um laudo correto do ponto de vista dos riscos”, ponderou.
França adiantou a possibilidade de que, “se o Brasil voltar a crescer”, poderão ser instituídos “benefícios para que as empresas criem mais alternativas de voos”, como menor taxação sobre o querosene de aviação. Também citou os planos para construção de “aeroportos regionais” com potencial para voos “com menor número de passageiros e aviões menores” e facilitar a “integração nacional”.
Durante a cerimônia de posse, Clauver Castilho, membro do Conselho Diretor da Federação dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), disse que a criação do ministério indica a “proeminência que a aviação passa a ter neste Governo”, depois de se ver “a aviação brasileira ser aviltada nos últimos anos”. Ele declarou esperar a retomada de investimentos públicos no segmento.
"Satisfeito"
O agora ex-ministro da Infraestrutura Marcelo Sampaio, tratado na solenidade como “ministro emérito” pelo mestre de cerimônias, transmitiu o cargo a Márcio França e se declarou “satisfeito” por se tratar do ex-governador paulista.
“Fez grande transformação na Prefeitura de São Vicente, conhece o setor portuário e vai tocar a agenda com grande destreza. (...) Estamos felizes de ter um ministério sendo tocado com esse cuidado, com uma agenda tão técnica”, comentou Sampaio.
Entre os que também estiveram no palco do auditório do ministério o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), o ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho, e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
