Ministro dos Transportes prioriza expansão de ferrovias

Renan Filho tem o desafio de tirar do papel projetos que exigem um capital expressivo

Por: ATribuna.com.br  -  15/01/23  -  09:36
Atualizado em 15/01/23 - 09:47
Projeto no setor gera pouco apetite da iniciativa privada em assumir riscos
Projeto no setor gera pouco apetite da iniciativa privada em assumir riscos   Foto: Carlos Nogueira/Arquivo AT

Pauta que atravessa governos, o aumento da malha ferroviária no País também aparece com destaque nos planos do novo ministro dos Transportes, Renan Filho. Assim como outras gestões, o ministro tem o desafio de tirar do papel projetos que exigem um capital expressivo e, muitas vezes, geram pouco apetite da iniciativa privada em assumir riscos.


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Por isso, avalia qual será o melhor caminho para desenvolver o modal, de forma que atraia o setor privado junto da participação dos entes públicos.


Demanda histórica do agronegócio, a Ferrogrão - projeto logístico que prevê 933 quilômetros de trilhos ligando Sinop (MT) a Miritituba (PA) e está parado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) - também se tornou parte da agenda de Renan Filho, que vê caminhos para retomar o projeto.


Diante de resistências ambientais ao empreendimento, o ministro fez uma defesa dos benefícios de se substituir o transporte rodoviário pelo ferroviário. Ele ainda elogiou o Marco Legal das Ferrovias e indicou que a pasta quer melhorar o arcabouço de regras sem mexer no “cerne” da lei. “O objetivo é criar as condições para termos uma atuação mais arrojada em ferrovias”, apontou o ministro.


Além da Ferrogrão, as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) - que já teve um segmento leiloado - e de Integração Centro-Oeste (Fico) também aparecem com destaque na agenda da pasta. “O ideal era que os projetos de concessão fossem exclusivamente privados. Entretanto, entre alguns segmentos, ainda não há viabilidade. Então, o público não pode se eximir da responsabilidade de estudar a participação”.


Renan ainda citou as renovações antecipadas de contratos de concessão de ferrovias, instrumento que deve continuar, desde que “signifique também um benefício robusto para a sociedade”.


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