Mesmo com oferta do governo, caminhoneiros de Santos mantêm plano de greve

Categoria não aprovou auxílio de R$ 400,00 para despesas extras com o aumento do preço do combustível

Por: Fernanda Balbino  -  22/10/21  -  17:26
Atualizado em 22/10/21 - 17:52
 Caminhoneiros não descartam bloquear vias que dão acesso ao Porto de Santos
Caminhoneiros não descartam bloquear vias que dão acesso ao Porto de Santos   Foto: Arquivo/AT

A proposta de um auxílio de R$ 400,00 aos caminhoneiros para o pagamento do óleo diesel não muda os planos da categoria de realizar uma greve nacional a partir de 1º de novembro. Em Santos, os autônomos pretendem parar e não descartam bloquear as vias de acesso ao Porto.


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Na quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo criará um benefício voltado a 750 mil caminhoneiros autônomos, que receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. Ele não deu mais detalhes sobre o assunto, mas fontes ligadas ao Executivo apontam que o valor concedido será de R$ 400,00 por mês.


“A gente respeita a forma que ele enxergou a questão. Não tem como dizer que não estão fazendo alguma coisa, mas queremos mais, que as leis sejam aprovadas. Não é um auxílio que vai calar a nossa boca”, afirmou o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), Luciano Santos de Carvalho.


Segundo ele, a pauta de reivindicações é muito maior do que apenas um valor para o custeio do óleo diesel. Além das frequentes altas no preço do combustível, o pedido inclui uma tabela mínima do frete rodoviário e a possibilidade de aposentadoria especial para os caminhoneiros.


Carvalho destaca que as soluções propostas pela categoria incluem a mudança no preço praticado pela Petrobras, além da redução do ICMS, tributo estadual, e da definição de um piso mínimo, em tramitação. “Temos que envolver o Governo Federal, o Governo Estadual e até o STF (Supremo Tribunal Federal), que está com a questão do piso. O problema é bem maior”.


Entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) também já se posicionaram contra a proposta apresentada por Bolsonaro. As entidades salientam que a paralisação nacional está mantida.


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