Marimex aguarda decisão judicial para investir em terminal no Porto de Santos

Expectativa da empresa é de que haja uma resposta ainda neste semestre

Por: Lyne Santos  -  02/02/22  -  13:35
Marimex mantém represados investimentos, que somam mais de R$ 300 milhões a serem aplicados no período de 20 anos
Marimex mantém represados investimentos, que somam mais de R$ 300 milhões a serem aplicados no período de 20 anos   Foto: Carlos Nogueira/AT

Em meio a uma disputa judicial envolvendo a renovação do seu contrato no Porto de Santos, a Marimex mantém represados investimentos, que somam mais de R$ 300 milhões a serem aplicados no período de 20 anos. Esse é o prazo que o terminal de contêineres da companhia poderá permanecer em operação no complexo, caso o Governo Federal dê um parecer positivo sobre o imbróglio.


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A expectativa da empresa é de que haja uma resposta ainda neste semestre. Enquanto isso, a empresa prefere postergar os seus planos de ampliação e modernização de infraestrutura e equipamentos.


O contrato da Marimex venceu em maio de 2020 e não foi renovado porque o Governo e a Santos Port Authority (SPA) decidiram construir um complexo de linhas ferroviárias em parte da área onde hoje ficam hoje os armazéns da empresa.


“Não perdemos o otimismo de chegar a um consenso. Estamos em tratativas e esperamos que o assunto seja conscientemente liberado para que a vida da empresa volte ao normal. O Governo precisa resolver arestas no Porto e a questão da Marimex é uma delas”, destacou o presidente da companhia, Antonio Carlos Fonseca Cristiano.


Segundo ele, no ano passado foram obtidos resultados positivos no Tribunal de Contas da União (TCU). O executivo se refere à decisão do órgão que obrigou o Ministério da Infraestrutura (Minfra) a prorrogar o contrato até que seja apresentado o detalhamento do novo plano de ocupação da zona portuária. No entanto, houve recurso.


“Temos um projeto avançado para ser implantado por mais 20 anos. Na hora de ser assinado, desistiram. Mas, estamos com conversas avançadas e acreditamos no bom senso do governo. Temos mais de 1.200 funcionários, ou seja, exercemos uma função social importante dentro do contexto da Cidade. Vamos seguir com essa batalha”.


Ao falar sobre as perspectivas para 2022, Cristiano mencionou as incertezas previstas para um ano eleitoral. Sobre a privatização do cais santista, ele é enfático. “O Porto já está privatizado, totalmente na mão da iniciativa privada. O difícil vai ser achar uma solução de consenso que permita uma administração única”, opinou.


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