Maersk projeta crescimento 'modesto' para comércio

Importações e exportações devem aumentar 3,8%, em média, prevê armadora

Por: Fernanda Balbino & Da Redação &  -  05/03/20  -  14:12
Apesar do Brasil ter registrado crescimento no comércio por contêineres, os índices são pequenos
Apesar do Brasil ter registrado crescimento no comércio por contêineres, os índices são pequenos   Foto: Luigi Bongiovanni-arquivo

O comércio mundial de contêineres já sente os impactos da suspensão de atividades na China por conta da epidemia de coronavírus. No Brasil, os efeitos da crise ainda não foram sentidos, mas as operações com caixas metálicas no País devem crescer 3,8% neste ano. A “modesta” projeção é da armadora Maersk, líder mundial no transporte marítimo de contêineres, e leva em conta as expectativas econômicas globais. 


“É importante observar que o Brasil desfrutará de um crescimento modesto em 2020 após um desempenho fraco em 2019, mas que pareceu visivelmente melhor por causa da greve de caminhoneiros em 2018. Com o enfraquecimento da moeda local, há oportunidade de aumentar a competitividade e ajudar os exportadores a encontrarem maneiras mais inteligentes e baratas de enviar mercadorias para 130 países ao redor do mundo”, destacou o diretor de Produto da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, Matias Concha. 


A empresa espera que o consumo melhore no ano que vem, o que pode causar um aumento das importações. Essa recuperação é fundamental para os exportadores terem mais espaços em navios, principalmente com a expectativa de safras promissoras neste ano. 


Segundo a armadora, no País, as importações começaram bem o ano. Porém, estão em desaceleração. Para o diretor Comercial da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, Gustavo Paschoa, é preciso aproveitar a oportunidade de crescimento. 


“Este será um ano criticamente importante para o Brasil. A moeda local continua se depreciando para novos mínimos históricos em relação ao dólar e isso é bom para os exportadores, mas o País precisa aproveitar essa oportunidade para melhorar sua competitividade de modo geral, e desenvolver ainda mais suas malhas ferroviária, rodoviária e de transporte marítimo com armazenamento inteligente e distribuição em terminais”, destacou Paschoa.


China


O comércio mundial de contêineres já sente impactos da epidemia de coronavírus na China. Com o retorno gradativo das operações no país asiático, seus principais portos estão congestionados. É o caso de Xangai e Ningbo.


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