Logística portuária é fundamental para maior eficiência na movimentação de cargas

Entenda como os conceitos de complexo fixo, administração e operação se aplicam no Porto de Santos

Por: Ted Sartori  -  01/11/23  -  10:06
Controle alfandegário faz parte da Administração, uma das divisões da logística portuária
Controle alfandegário faz parte da Administração, uma das divisões da logística portuária   Foto: Arquivo

A logística portuária é uma parte crucial do sistema de transporte global, pois desempenha um papel fundamental na eficiência da movimentação de mercadorias por via marítima. Como ocorre em outros setores, a logística portuária também é dividida em três partes principais: complexo fixo, administração e operação. A Tribuna mostra hoje como esses conceitos se aplicam no Porto de Santos, o principal complexo brasileiro e o maior do Hemisfério Sul.


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O Porto de Santos se destaca em praticamente todas as etapas, com o trabalho feito praticamente sem interrupções nos terminais portuários. Afinal, eles são instalações essenciais onde as mercadorias são movimentadas entre navios, caminhões, trens e outros meios de transporte, com o objetivo de minimizar o tempo e o custo envolvidos no processo. Em Santos, os terminais são operados por empresas privadas. Em outros portos, esse papel também é cumprido por autoridades portuárias ou outras entidades governamentais.


O complexo fixo se refere à infraestrutura física do terminal portuário. Isso inclui cais, píeres, armazéns, pátios de estacionamento, instalações para carga e descarga e outras estruturas permanentes necessárias para o manuseio de mercadorias. “Nesse grupo, o Porto de Santos se sobressai no contexto nacional ou internacional por toda a infraestrutura implementada ao longo de séculos. Porém, dado seu tamanho, quando há problemas, eles são grandes”, observa o consultor portuário Ivam Jardim.


Por sua vez, a parte de administração no porto santista envolve o gerenciamento de todas as operações e os serviços do terminal. Isso inclui agendamento de navios, gestão de recursos humanos, gestão de segurança, controle de inventário, serviços aduaneiros, gestão de documentos e todos os processos burocráticos envolvidos. As autoridades portuárias ou empresas privadas que administram o terminal são responsáveis por garantir que todas as operações ocorram sem problemas, cumprindo as regulamentações locais e internacionais.


“Nesse grupo, o Porto de Santos é referência nacional, sempre muito bem atualizado com as referências internacionais praticadas no exterior”, afirma Jardim. Atualmente, o complexo santista, por onde passam 30% das trocas comerciais brasileiras, conta com 55 terminais nas margens Direita (Santos) e Esquerda (Guarujá).


Por fim, a operação é a parte mais dinâmica e envolve o manuseio real das cargas. Isso inclui o carregamento e descarga de navios, a movimentação de cargas entre embarcações, caminhões, trens e armazéns, a organização eficiente das operações para minimizar o tempo de espera e maximizar o uso dos equipamentos de manuseio de carga.


A eficiência da operação é crítica para reduzir custos e tempo de trânsito das mercadorias, bem como para evitar atrasos nas entregas. Já esse grupo trata da conclusão do complexo fixo com a administração. Se faltar um ou outro, a operação ficará prejudicada. “No Porto de Santos, hoje, sem dúvidas, o que prejudica a operação são os problemas na acessibilidade rodoviária, ferroviária e aquaviária”, sentencia o consultor portuário.


Na rodoviária, segundo Ivam Jardim, há a urgente necessidade de mais uma rodovia para vencer na Serra do Mar. Na ferroviária, existe no curto prazo a execução, mantendo as operações, dos investimentos dentro do Porto de Santos planejados pela Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips). “E na parte aquaviária, o aprofundamento do canal de acesso para 16 metros no curto prazo e posterior alcance dos 17 metros, sendo mantido o ritmo da dragagem de manutenção”, completa Jardim.


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