Leilões de terminais de granéis líquidos do Porto de Santos serão em novembro

Arrendamentos dos lotes STS08 e STS08A, que devem render mais de R$ 1 bilhão em outorgas, serão no dia 19, na B3

Por: Fernanda Balbino  -  15/09/21  -  09:26
 Juntos, os lotes a serem leiloados somam 465 mil m²
Juntos, os lotes a serem leiloados somam 465 mil m²   Foto: Carlos Noguera/Arquivo AT

Os lotes STS08 e STS08A, que terão como foco a movimentação, armazenagem e distribuição de granéis líquidos serão leiloados no dia 19 de novembro. A sessão será realizada na B3, na capital. E os documentos do processo estão disponíveis para consulta. Segundo especialistas, os arrendamentos terão uma destinação quase natural para players altamente verticalizados na cadeia dos combustíveis.


A expectativa do Governo Federal é que estes sejam os maiores leilões já realizados nos portos brasileiros. Mais de R$ 10 bilhões deverão ser investidos pela iniciativa privada durante todo o arrendamento.


Além disso, após os leilões serão exigidos investimentos da ordem de R$ 1 bilhão destinados à modernização, aumento de capacidade e construção de um novo píer com dois berços de atracação, o que representará aumento de 50% na oferta de berços na região da Alemoa, onde serão instalados.


As duas áreas somam cerca de 465 mil m², mas serão licitadas separadamente. Elas estão em operação, porém, em situação contratual precária em razão do término do contrato de arrendamento com a Transpetro.


O STS08 tem 168.324m². O prazo contratual a ser celebrado durará por 25 anos. A receita bruta global do contrato alcançará R$ 3,152 bilhões. Os investimentos girarão em torno de R$ 260,6 milhões. A expectativa de movimentação é de 69,7 milhões de toneladas.


Já o STS08A conta com 297.349m². O prazo contratual será o mesmo e a receita bruta global do contrato alcançará R$ 7,207 bilhões. Os investimentos girarão em torno de R$ 678,3 milhões. A expectativa de movimentação é de 140 milhões de toneladas.


Um mesmo licitante poderá apresentar propostas para ambos os terminais, mas, para garantir competitividade, só será permitido arrematar os dois casos seja proposta única para pelo menos um deles.


“Foram consideradas duas principais premissas na modelagem: garantir que os novos arrendamentos remunerassem o ativo público a valor de mercado e assegurar a competitividade, o que foi possível ao dividirmos a atual área para dois terminais”, explica o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da Autoridade Portuária de Santos, Bruno Stupello.


A estimativa é de que os dois terminais gerem juntos em torno de 16 mil postos de trabalho diretos, indiretos e efeito-renda.


Documentos


Os documentos estão disponíveis nos sites do Ministério da Infraestrutura e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), bem como na sede do órgão.


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