A Guerra da Ucrânia provocou até o momento um impacto menor que o esperado na importação de fertilizantes, cuja porta de entrada no País são portos brasileiros. Diante disso, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, disse que a pasta continuará trabalhando em duas frentes: importar mais adubos de outras localidades e estimular a produção interna.
“Estamos preocupados (com o abastecimento de fertilizantes), mas estivemos mais preocupados há um mês. O fluxo de embarques russos está normal e estamos abrindo mercados. Estou indo para a Jordânia, o Egito e o Marrocos para falar de fertilizantes”, revelou o ministro.
A Tribuna mostrou, há duas semanas, que o confronto entre russos e ucranianos acabou não interferindo até aqui na importação do insumo. Tanto que o Porto de Santos deve receber, até o final deste mês, cerca de 250 mil toneladas de fertilizantes - o correspondente a 40% de um total de 600 mil toneladas a caminho do Brasil.
China
Historicamente, os principais fertilizantes que chegam ao Brasil a partir da Rússia são o cloreto de potássio e ureia. Mas, devido à guerra, o Ministério da Agricultura tem ampliado seu leque e não tira nem mesmo a China do radar.
“Todos países são potenciais. A ex-ministra Tereza Cristina esteve no Irã também, que tem grande potencial de nitrogenados. Estamos fazendo prospecção no Chile. Tudo está no radar. Como se criou um núcleo de fertilizantes, para a formação do Plano Nacional de Fertilizantes, tudo passa por um grande estudo do grupo, e seguimos essa linha estabelecida tanto na produção interna quanto na busca lá fora”, disse Montes.