Ferrovia interna do Porto de Santos deve receber sinal verde do TCU no próximo mês

O processo de concessão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips) deve receber sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) até o mês que vem. A estimativa envolvendo o projeto que visa expandir a movimentação de cargas pelo modal ferroviário foi divulgada nesta terça-feira (26) pelo diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da Santos Port Authority (SPA), Bruno Stupello, durante o SPA Day, evento que atraiu investidores interessados na desestatização da Autoridade Portuária e no leilão de diversos terminais - todos previstos para ocorrer no 2º semestre deste ano.

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Atualmente, a capacidade máxima da Fips é de 50 milhões de toneladas e, em 2021, a movimentação ferroviária foi de 47,3 milhões de toneladas de cargas. “É urgente o investimento a ser feito na Fips, que é ponto de confluência de todas aquelas malhas que foram licitadas”, enfatizou Stupello, em referência às seis concessões ferroviárias operadas pelas empresas MRS, Rumo e VLI.

Previsões

A previsão é que a expansão da capacidade da malha ferroviária seja de 65 milhões de toneladas. Desta forma, a capacidade de movimentação ferroviária será de 115 milhões de toneladas de cargas por ano no Porto. A expectativa é que, até 2040, 40% do que é movimentado no Porto de Santos passe pelas ferrovias - em 2020, esse índice foi de 33%.

“O chamamento público e a assinatura de contrato (da Fips) devem acontecer ainda esse ano. O plano de investimentos, em até cinco anos, é da ordem de R$ 891 milhões”, explica o diretor da SPA. Ainda segundo Stupello, os investimentos nesse modal estão distribuídos ao longo da Margem Direita do Porto de Santos, pois a Margem Esquerda do complexo já possui uma maior separação entre as malhas ferroviária e rodoviária.

Desestatização

Diversos investidores interessados na desestatiza-ção do Porto de Santos estiveram no SPA Day, inclusive representantes da Quadra Capital – fundo de investimento que arrematou a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) em leilão no mês passado, além de representantes do mercado financeiro e de terminais.

Segundo o presidente da Autoridade Portuária, Fernando Biral, o evento foi uma “amostra do que teremos no leilão” da SPA, que deve ocorrer no último trimestre de 2022.