Executivas debatem políticas de inclusão feminina em evento do setor portuário

Elas participaram do painel Mulheres na Liderança, na Intermodal, e destacaram ações de diversidade e equidade

Por: ATribuna.com.br  -  07/03/24  -  17:47
Atualizado em 13/05/24 - 18:11
A ascensão de mulheres em cargos de liderança e o crescimento da participação feminina nos quadros de empresas privadas e públicas foram temas debatidos
A ascensão de mulheres em cargos de liderança e o crescimento da participação feminina nos quadros de empresas privadas e públicas foram temas debatidos   Foto: Vanessa Rodrigues/ AT

A ascensão de mulheres em cargos de liderança e o crescimento da participação feminina nos quadros de empresas privadas e públicas passa por um plano estratégico de incentivos, capacitação e programas de inclusão, com políticas voltadas à diversidade de gênero. É o que afirmam executivas que participaram do painel Mulheres na Liderança, nesta quarta-feira (6), na Intermodal.


A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, afirmou que a presença feminina no setor aéreo ainda é tímida, especialmente as que pilotam aviões. “No mundo, apenas 5% dos pilotos são mulheres. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) registra 3% de pilotos mulheres”.


Contudo, Jurema destacou que o fator fundamental para o aumento de mulheres em setores que ainda hoje são predominantemente masculinos é o estudo. “O mercado é competitivo e a gente tem que se qualificar. O processo de formação é contínuo e começa na infância”.


Além disso, Jurema destacou que há um desafio a ser superado. “Os homens precisam se engajar, assumir o compromisso. É fundamental que um homem num cargo de liderança se convença de que pode ter uma boa mulher, preparada e qualificada ao seu lado na tomada de decisões”.


Outra debatedora, a presidente executiva do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Ana Carolina Jarrouge, também comentou que o número de mulheres no setor de transportes é irrisório. “Segundo um levantamento realizado recentemente, empresas do setor tem 15% de mulheres, sendo 3% em cargos de liderança e 3% são motoristas”.


Ana salientou ainda que a participação feminina também é muito pequena nas diretorias de empresas associadas à Confederação Nacional do Transporte (CNT). “A CNT tem 104 entidades associadas. Cada diretoria, de cada entidade, possui 13 membros, com apenas uma mulher”.


Ana Carolina mencionou o programa de inclusão denominado Vez e Voz, que tem como pilares a valorização das mulheres que já atuam no setor, políticas de inclusão e atrair novos talentos. “Nós, inclusive, subsidiamos as CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação) para estimular o ingresso das mulheres no setor”, afirmou.


A diretora de Gente, Gestão e Tecnologia da Informação na Log-In, Andréa Simões, também comentou sobre a predominância masculina no setor logístico. “A agenda ESG abre oportunidades à diversidade, permite um ambiente de trabalho com mais respeito, onde se respeita a ideia do outro, independentemente do seu gênero. Um ambiente corporativo com uma política de diversidade, oferece mais escuta e segurança psicológica”.


A executiva ressaltou que a política da diversidade é um reforço da marca empregadora. “As pessoas querem entrar numa empresa que se preocupa com gente, com a sua integridade. Requer um olhar diferente para o tema. Por que não destinar 50% de novas vagas para mulheres?”, indaga ela.


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