Enfim, Alemoa terá dinheiro para obra em área do Porto de Santos
Promessa de verba para remodelação no entorno do viaduto que dá acesso aos terminais foi feita no ano passado
Atualizado em 04/05/24 - 17:25
O Governo do Estado finalmente irá liberar o aporte de R$ 13,6 milhões para a remodelação viária no entorno do Viaduto Dr. Paulo Bonavides, no Bairro Alemoa, que dá acesso aos terminais na Margem Direita do Porto de Santos. O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito de Santos, Rogério Santos, ambos do Republicanos, assinaram o termo de autorização, nesta quinta (2), na Prefeitura.
O edital de licitação das obras deverá ser lançado ainda neste semestre. A medida era esperada há muito tempo por empresários e caminhoneiros.
“Estamos destinando R$ 13,6 milhões para o acesso ao Viaduto Dr. Paulo Bonavides, na saída do Porto de Santos, algo que foi requerido pelo sindicato dos caminhoneiros”, anunciou o governador no Salão Nobre do Palácio José Bonifácio.
O repasse foi anunciado na primeira semana de dezembro de 2023, conforme noticiado em A Tribuna, e os recursos serão investidos na pavimentação, drenagem e remodelação da saída do único viaduto que dá acesso aos terminais portuários. A promessa do Estado era assinar o termo ainda em 2023, o que não ocorreu.
O governador chamou a atenção para a robustez das obras. “O projeto viário e de requalificação do pavimento dará uma durabilidade maior, permitindo maior mobilidade urbana”, afirmou.
O prefeito disse que o edital para a contratação das obras deverá ser lançado ainda neste semestre.
“O projeto já está pronto. Aguardávamos a liberação apenas por parte do Governo do Estado. Então, chegando o recurso, imediatamente, a licitação é colocada na rua. Ocorrendo tudo bem, ainda neste semestre começaremos a obra”.
Vale lembrar que, em dezembro passado, foi anunciado um investimento necessário de R$ 15 milhões para essas obras. A Prefeitura complementará com o restante. “Essa obra resolve em parte os problemas da Alemoa”, diz Santos.
A medida agradou ao Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam). O presidente do Sindicam, Luciano Carvalho, explica que, além da obra, deve haver uma mudança na mão de direção da via e a retirada de um semáforo que atrapalha o acesso ao Porto. “A gente espera que haja maior fluidez no local, o que vai beneficiar a todos nós, caminhoneiros”.
Terceira pista
Questionado sobre a terceira pista da Rodovia dosa Imigrantes, o governador Tarcísio de Freitas disse que o Estado fez um acordo com a empresa EcoRodovias, que tem a Ecovias como subsidiária e concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), para a elaboração do projeto executivo, que só deverá ficar pronto em 2026.
“A gente deu ordem de início em 2024, dois anos para obtenção do projeto executivo, obtenção de licença ambiental para que, a partir daí, a gente possa iniciar a obra”.
O investimento é estimado em R$ 7 bilhões. No início de janeiro, o governo autorizou a companhia a dar início aos estudos de viabilidade da terceira pista da Imigrantes. Em comunicado, a EcoRodovias informou que serão elaborados estudos de tráfego e projetos funcional e básico, incluindo avaliações topográficas, sondagens e investigações geológicas e hidrogeologicas necessárias.
Além disso, também deverão ser produzidos e aprovados estudos de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA-Rima) para deliberação dos órgãos competentes. O prazo de conclusão dos estudos é de 24 meses, prorrogáveis por mais 12 meses.
Contudo, além da rodovia, o acordo entre o Estado e a empresa envolve mais obras estruturantes de grande porte. “A Perimetral (Margem Direita), com todas suas intervenções. Existe uma necessidade de transformar intercessões de nível em desnível. Além disso, (construir) um grande viaduto na região na Alemoa”, pontuou Freitas.
Túnel Santos-Guarujá
Perguntado sobre a licença ambiental do túnel imerso Santos-Guarujá, o governador respondeu que o empreendimento é viável. “A licença-prévia já existe. A gente acabou de concluir a consulta pública e vamos incorporar (ao projeto) algumas contribuições que foram feitas”.
O passo seguinte será a publicação do edital de obras, que Freitas estima que ocorra “provavelmente no final desse ano ou mais tardar no início do ano que vem. Então, faremos a contratação de uma empresa por parceria público-privada (PPP), que desenvolverá o projeto executivo e, nesse tempo, a licença de instalação sai”.
O chefe do Executivo estadual reiterou que “a Cetesb já nos afiançou que o empreendimento é viável do ponto de vista ambiental. Em 2026, espero que a gente possa estar começando a obra, que tem previsão estimada de cinco anos”. O túnel imerso é uma obra que será viabilizada em conjunto pela União e Governo do Estado, com participação privada.
