Os funcionários da SPA cobravam reajuste salarial com base na inflação acumulada desde o início da pandemia. O presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, explicou para
Inicialmente, os representantes da categoria não aceitaram as condições apresentadas pela Autoridade Portuária, devido à suspensão de alguns benefícios. Contudo, depois, houve uma audiência de conciliação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) e o acordo ficou mais próximo. À noite, a assembleia deu sinal verde à proposta.
Ele diz que, após a paralisação de 80% dos representados pelo sindicato, a categoria teve uma vitória. “A empresa apresentou uma proposta menos prejudicial. Conseguimos o índice integral, mantivemos 95% das cláusulas e o abono do período de greve”, celebra.
De acordo com Cirino, a Autoridade Portuária atingiu um índice positivo em relação ao reajuste. Ele ainda ressaltou a importância da adesão da categoria à paralisação. “A SPA quis enfraquecer o movimento ao tentar impedir a greve nos tribunais, mas a Justiça ressaltou a liberdade sindical”.
A declaração dele diz respeito a uma determinação da Justiça do Trabalho, que exigiu que 40% dos guardas portuários e 30% dos técnicos portuários mantivessem o serviço durante a greve, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.
Destacou que a proposta salarial feita aos sindicatos “compreende reajuste integral de 100% do IPCA do período, o máximo permitido por lei, considerando a limitação legal imposta em ano eleitoral”.
A Autoridade Portuária informou que a greve esteve restrita aos funcionários de administração e fiscalização vinculados à SPA, “atingindo parte dos 882 empregados da estatal, sem relação com os funcionários dos 55 terminais portuários, tampouco com os trabalhadores avulsos”. Além disso, garantiu que o Porto operou normalmente ontem.