Embarque de sacas de café tem crescimento e chega a 29 milhões no Porto de Santos

De acordo com dados do Cecafé, 80,7% da produção brasileira vai para o exterior por meio do cais santista

Por: ATribuna.com.br  -  04/01/23  -  21:05
Porto santista é o mais importante no cenário cafeeiro nacional, mas outros 22 complexos espalhados pelo País também exportam o produto
Porto santista é o mais importante no cenário cafeeiro nacional, mas outros 22 complexos espalhados pelo País também exportam o produto   Foto: Carlos Nogueira/AT

Um total de 29 milhões de sacas de café passaram pelo Porto de Santos entre janeiro e novembro de 2022. O volume representa uma alta de 4% em relação aos embarques da commodity no mesmo período de 2021. No ano passado, 80,7% do produto brasileiro exportado deixou o Brasil pelo cais santista.


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Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Eles também mostram que, de janeiro ao fim de novembro, o Brasil exportou 36 milhões de sacas, com queda anual de 1,8%. A receita cambial, de US$ 8,5 bilhões, é recorde histórico para o intervalo, registrou crescimento de 55,1% em relação aos US$ 5,4 bilhões dos 11 primeiros meses do ano passado.


Além do Porto de Santos, outros 22 portos escoaram o café brasileiro. Os complexos do Rio de Janeiro foram responsáveis pelos embarques de 5,3 milhões de sacas, 14,9% do total. Paranaguá (PR) e Vitória (ES) seguem na sequência e respondem pelos embarques de 327.932 sacas e 231.446 sacas, respectivamente.


Em todo o País, houve uma discreta queda na utilização de contêineres para as exportações de café. Enquanto de janeiro a novembro de 2021, 103.005 TEU (unidade equivalente a um cofre de 20 pés) transportaram a commodity, no mesmo período de 2022 foram 99.016 TEU.


“No balanço de 2022, até o momento, observamos melhor o impacto dos gargalos logísticos no volume das exportações, que estão um pouco inferiores às do ano passado. Esse desempenho também reflete a forte demanda da indústria nacional pelos cafés canéforas, que seguem mais competitivos que os arábicas para os fabricantes brasileiros, tanto que as remessas de conilon e robusta ao exterior recuaram 60% de janeiro a novembro”, avalia o presidente do Cecafé, Günter Häusler.


Segundo o executivo, o cenário logístico vem evoluindo de forma gradual nos últimos meses, permitindo ao País alcançar esse resultado em novembro. Entretanto, é importante ressaltar que ainda há grandes desafios e que estamos longe da condição de normalidade.


“Por outro lado, a demanda se mantém e os grandes consumidores seguem buscando no maior produtor e exportador do mundo a qualidade e a diversidade de nossos produtos, que respeitam os critérios socioambientais e vão ao encontro das exigências de sustentabilidade dos mercados internacionais, fazendo do Brasil um leal fornecedor”.


Destinos
Os Estados Unidos encabeçam a lista dos maiores destinos do produto entre janeiro e novembro de 2022, com a importação de 7,3 milhões de sacas, montante 3,3% superior ao obtido no mesmo intervalo de 2021 e que equivale a 20,4% do total.


A Alemanha, com a aquisição de 6,3 milhões de sacas, incrementou em 4,4% as compras dos cafés do Brasil até novembro e tem representatividade de 17,6% no todo. Na sequência, vem a Itália, com 3,1 milhões, alta de 18,6%, com uma fatia de 8,6% do total. A Bélgica adquiriu 2,7 milhões de sacas, crescimento de 11,8%. Já o Japão garantiu a importação de 1,6 milhão de sacas, queda de 24,4%, representando 4,7% do total.


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