Os drones se tornaram importantes aliados para monitoramento, fiscalização e garantia de eficiência às operações no Porto de Santos. De acordo com a Santos Port Authority (SPA), gestora do complexo portuário, os veículos aéreos não tripulados já são utilizados pela Guarda Portuária para alcançar locais de difícil acesso ou com visibilidade prejudicada, inclusive à noite.
Em 2022, segundo a Autoridade Portuária, foram emitidas 42 autorizações a particulares para sobrevoos de drones no Porto de Santos, que é uma área federal e exige ao solicitante que cada decolagem seja informada. Para reduzir a possibilidade de acidentes, há proibição de voos sobre os terminais de combustíveis. Em abril do ano passado, a própria SPA adquiriu veículos aéreos não tripulados, todos operados por profissionais treinados da própria companhia.
“Os equipamentos podem ser utilizados para qualquer demanda que venha a surgir. Ordinariamente, o monitoramento por drones está voltado à segurança portuária, ao trânsito do porto, ao monitoramento de áreas de difícil acesso e à fiscalização do contrabordo das embarcações”, informou a Autoridade Portuária, em nota.
Os sobrevoos são realizados semanalmente e, de acordo com a SPA, “o maior resultado alcançado foi a obtenção da Declaração de Cumprimento, uma vez que as medidas apresentadas no Plano de Segurança Pública Portuária (PSPP) previam o uso de drone no auxílio das fiscalizações. Os drones também já foram solicitados por outros setores para o acompanhamento de obras e fiscalização ambiental”.
A gestora do Porto de Santos informou ter planos para expandir o uso dos aparelhos. “A projeção é, futuramente, adquirir equipamentos com resistência à chuva e maior autonomia, para serem empregados em funções específicas em prol da segurança do Porto”.
Eficiência nas operações
Especialista em operação de drones, o empresário Gabriel Ribeiro já produziu imagens aéreas a diversas companhias do setor portuário na Baixada Santista, voltadas às áreas de infraestrutura, dragagem, carregamento e descarregamento de navios para os terminais.
“No caso do porto, a câmera acoplada ao drone ajuda a buscar a excelência em operações de carregamento e descarregamento de cargas, evitando desperdício e tornando possível acompanhar o uso correto das máquinas. O uso de drones pode reduzir o tempo da operação, aumentar a produtividade e a precisão, garantir mais segurança aos trabalhadores e acompanhar de perto a situação dos equipamentos e produtos”, disse Ribeiro.
De acordo com o empresário, "o mais comum é o uso de drones convencionais com alta tecnologia embarcada como sensores de proximidade, GPS, câmeras termais e retorno automático em caso de perda de sinal".