Diretor da FGV Transportes visita Porto de Santos e aponta gargalo logístico

Para Marcus Quintella, acessos terrestres ao complexo portuário apresentam problemas

Por: Ted Sartori  -  02/09/23  -  13:09
Quintella lembra que há necessidade de investimento maciço e de um projeto para abranger os setores rodoviário e ferroviário
Quintella lembra que há necessidade de investimento maciço e de um projeto para abranger os setores rodoviário e ferroviário   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A entrada e saída de cargas do Porto de Santos por via terrestre é o principal gargalo detectado por Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, centro de estudos em transporte, logística e mobilidade urbana da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele e o consultor no setor portuário da instituição, Roberto Levier, visitaram nesta semana o Porto de Santos, em especial os terminais.


“As impressões são sempre as melhores possíveis, de ver o Porto de Santos evoluindo nesse dinamismo, apesar de vários problemas que a gente detecta, principalmente em todos os acessos terrestres, que são bastante problemáticos. Mas é uma situação que está na pauta de todos para que venha a se resolver”, afirma.


Quintella lembra que há necessidade de investimento maciço e de um projeto para abranger os setores rodoviário e ferroviário. “Sabemos que esse investimento está na Fips (Ferrovia Interna do Porto de Santos). É fundamental para que haja mais produtividade dentro do Porto. Também não percebi gestão de tráfego, o que causa engarrafamentos e os acessos ficam travados. É preciso melhorar as vias. É uma situação que não se resolve de um dia para outro. São projetos elaborados que demandam tempo e dinheiro”, comenta.


Curso

A reconhecida relevância do Porto de Santos nos cenários nacional e mundial motivou a visita de Quintella e Levier em razão do lançamento do MBA Executivo em Gestão Portuária, lançado pela FGV e ministrado on-line, no formato de live, por webconferência.


A primeira turma, que terá em torno de 35 alunos, começará os 20 meses de aulas em 18 de janeiro do próximo ano, com aulas às terças e quintas-feiras, das 19h às 22h30. O objetivo é proporcionar visão global e sistêmica das atividades portuárias, utilizando metodologia baseada em casos práticos, workshops e aprendizagem baseada em problemas, aplicada por professores atuantes no mercado portuário.


“A visita faz parte da nossa inteligência da montagem do curso para sabermos se estamos de acordo com o que o mercado entende como importante para ser transmitido. O curso terá uma conotação eminentemente prática e queremos inserir entre os módulos, por exemplo, palestras de executivos do mercado”, explica Quintella.


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