Covid-19: Portuários e prefeitura de Santos discutem vacinação para 8 mil trabalhadores

Liberação de doses será debatida com o governo do Estado na próxima sexta-feira (21)

Por: Fernanda Balbino  -  19/05/21  -  10:46
  Categoria se reuniu com o prefeito Rogério Santos (PSDB) no Paço Municipal
Categoria se reuniu com o prefeito Rogério Santos (PSDB) no Paço Municipal   Foto: Anderson Bianchi/Prefeitura de Santos

A destinação de doses de vacina contra a covid-19 a cerca de 8 mil trabalhadores que atuam no Porto de Santos será debatida, na próxima sexta-feira (21), entre os portuários e o Governo do Estado. Nesta terça-feira (18), sindicalistas se reuniram com representantes do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) e com a Autoridade Portuária de Santos (APS) para debater o tema na sede da Prefeitura de Santos. E o prefeito se comprometeu a ajudar a categoria.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Em janeiro, profissionais da área de transporte – como os portuários, aquaviários e caminhoneiros – foram incluídos no grupo prioritário para a vacinação pelo Ministério da Saúde. Em todo o País, a pasta estima que 111.397 pessoas atuem em portos. Já os envolvidos na navegação são 41.515.


Porém, até agora, não houve uma sinalização de quando os trabalhadores serão imunizados. Os portuários já realizaram protestos e planejam uma greve nacional, caso não seja divulgado o calendário de vacinação da categoria.


Agora, o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), se comprometeu a ajudar os portuários na interlocução com o Estado. Medidas semelhantes foram adotadas nos portos de Itaqui (MA) e em Maceió (AL). Em ambos os casos, as gestões das administrações municipais garantiram doses de vacinas aos portuários.


“Entendo que foi correto definir a vacinação por grupos etários, mas depois houve abertura para outros, como trabalhadores da Saúde e Segurança”, afirmou o prefeito.


Na região, o número de profissionais envolvidos na atividade é grande. Segundo levantamento da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), nos portos de Santos e São Sebastião, 15.813 trabalhadores deverão ser vacinados, considerando apenas os avulsos (TPA) e vinculados de terminais.


No entanto, uma parcela desses portuários já pode ter sido imunizada por estarem em outros grupos prioritários. Entre eles, estão pessoas com mais de 50 anos e com comorbidades, como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas.


O plano nacional de vacinação ainda inclui os profissionais que atuam em funções que não se limitam apenas ao cais. Na lista, há, ainda, 1.027 funcionários das administrações de ambos os portos, mais os terceirizados.


Além disso, também são estimados cerca de 350 servidores de órgãos públicos envolvidos na atividade portuária também deverão ser imunizados. Entre eles, estão funcionários da Receita Federal, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


De acordo com o Ministério da Saúde, quando for iniciada a imunização, ela também será feita de acordo com as faixas etárias. Os portuários mais velhos, entre 50 e 59 anos, serão vacinados primeiro. Depois, os de 40 a 49 anos, seguidos pelos de 30 a 39 anos e, posteriormente, os de 18 a 29 anos.


Pressão


Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região (Sindestiva), Bruno Silva, o encontro foi positivo e será importante a presença do prefeito Rogério Santos (PSDB) na reunião no Governo do Estado.


“A categoria está com pressa. Os trabalhadores querem se vacinar para continuar trabalhando e estão pressionando e cogitando uma paralisação. Vou passar as informações da melhor maneira possível, mas vamos ver como a categoria vai receber”, afirmou Silva.


Em nota, o Sopesp, que foi representado pelo presidente Regis Gilberto Prunzel, destacou que a “reunião pleitou a intenção de antecipar a vacinação dos trabalhadores portuários”.


O diretor-presidente da APS, Fernando Biral, defendeu a antecipação da vacinação dos portuários, visto que a categoria está incluída no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização. “O trabalhador portuário é um dos mais expostos nessa pandemia. E é uma das atividades essenciais para o País. Estamos à disposição para trabalhar em conjunto”.


Logo A Tribuna
Newsletter