Congresso Portuário em Santos abordará caminhos para a utilização de hidrovias e portos fluviais

Com 600 representantes de toda a América Latina, 30ª edição do AAPA Latino ocorrerá de 28 a 30 de novembro

Por: Anderson Firmino  -  13/09/22  -  20:50
Atualizado em 14/09/22 - 14:44
Entre os temas, estão soluções criativas e uma abordagem multimodal
Entre os temas, estão soluções criativas e uma abordagem multimodal   Foto: Chico Siqueira/Estadão Conteúdo/Arquivo

Uma região com características geográficas bem peculiares como a América Latina pede soluções diferenciadas para as questões logísticas. E elas passam pela otimização da utilização de hidrovias e portos fluviais. O cenário atual e as perspectivas serão abordados em uma das mesas da 30ª edição do Congresso Latino-Americano de Portos, promovido pela Associação Americana de Autoridades Portuárias (AAPA) e Santos Port Authority (SPA) em Santos, entre os dias 28 e 30 de novembro.


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Entre os temas discutidos, estão soluções criativas e uma abordagem multimodal, que integra soluções baseadas na navegação fluvial com outras formas de movimentação de cargas e mercadorias, ajudarão a enfrentar crises, tais como interrupções e mudanças climáticas na logística de rios e bacias hidrográficas. O evento, que conta com o patrocínio do Grupo Tribuna, receberá mais de 600 representantes, acadêmicos, especialistas e líderes da indústria logística regional.


O painel Portos Fluviais e Hidrovias, no dia 29, será mediado pelo diretor da Administração Nacional de Navegação e Portos (ANNP) e do Centro de Armadores Fluviais e Marítimos (CAFYM) do Paraguai, Juan Carlos Muñoz Menna. Também farão parte o presidente da Administração Nacional de Portos (ANP) do Uruguai, Juan Curbelo; o superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Renato Ribas Fialho.


Além deles, o presidente do Porto de Barranquilla, da Colômbia, René Puche; e o controlador da Administração Geral de Portos (AGP) da Argentina, José Beni; o diretor-executivo do Porto de South Louisiana, Paul Mathews; e o diretor de Navegação e Hidrovias da Secretaria de Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Dino Antunes Batista.


Estratégico

A América do Sul tem na hidrovia um sistema de interligação estratégico. A região, com uma superfície total de 17,8 milhões de quilômetros quadrados, possui cerca de 12,4 milhões de quilômetros cobertos por bacias hidrográficas, como a Amazônica, Orinoco, Paraguai-Paraná e La Plata, o que compreende 70% da área total.


No entanto, os desafios não são poucos. A crise climática, somada principalmente a outros problemas logísticos, traz um cenário de incertezas quanto à projeção do comércio por meio deste sistema fluvial.


“Em julho, completaram-se três anos de baixos níveis de água e falta de chuva em ambas as bacias dos rios Paraguai e Paraná, com diferentes volumes de carga. A Hidrovia Paraguai-Paraná é a bacia mais afetada. Em termos gerais, os tempos dobraram e o uso de embarcações atingiu às vezes apenas 50% de sua capacidade”, reconhece Juan Carlos Muñoz.


Por conta da seca, houve diminuição do tempo disponível de navegação, o que levou a diversificar as possibilidades de atender indústrias ou setores que, em menos tempo, significam maior fluxo de carga.


Perspectivas


René Puche, presidente do Porto de Barranquilla e um dos palestrantes, acredita que a exploração dos modos multimodais aproveita ao máximo as possibilidades oferecidas pela diversidade territorial da América Latina. “Acredito que, se queremos ter uma logística eficiente e sustentável no futuro próximo, devemos mobilizar nossos esforços para o multimodalismo”.


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