Condepasa aprova obras do Parque Valongo, no Porto de Santos

Trata-se da 2ª etapa da revitalização de antigos armazéns, criando um espaço multiúso com cultura, lazer e gastronomia

Por: Bárbara Farias  -  24/04/24  -  15:42
Primeira etapa da obra, que será entregue entre junho e julho, consiste na entrega do Armazém 4 restaurado e da praça que será construída onde ficavam os armazéns 5 e 6
Primeira etapa da obra, que será entregue entre junho e julho, consiste na entrega do Armazém 4 restaurado e da praça que será construída onde ficavam os armazéns 5 e 6   Foto: Vanessa Rodrigues/ AT

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) aprovou, nesta terça-feira (23), em reunião extraordinária realizada na Associação Comercial de Santos (ACS), os projetos do Parque Valongo voltados à ocupação da área dos armazéns portuários 1, 2 e 3 e Casa de Pedra 1. A ideia é implantar uma área multiuso, com museu, restaurantes e salas comerciais, mas as autoridades ainda estudam de que forma se dará a concessão ou licitação do espaço.


“Hoje (terça. 23), além de aprovar os projetos básicos dos armazéns 1, 2 e 3 e Casa de Pedra 1, também fizemos um balanço das obras da primeira fase e discutimos sobre as obras que não são da Prefeitura, como a Casa de Pedra 2, Armazém 7 e prédio da antiga Dirop (Diretoria de Operações da antiga Codesp), da Autoridade Portuária de Santos, que será ocupado pela Cofco”, diz o secretário de Desenvolvimento Urbano de Santos (Sedurb) e presidente do Condesapa, Glaucus Farinello.


Temos
Os projetos da fase 2 serão doados pela Ecoporto e pela Brasil Terminal Portuário (BTP), conforme os Termos de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras e/ou Compensatórias (TRimmcs) firmados com a Prefeitura de Santos em 18 de agosto de 2023. “A Ecoporto desenvolveu esse estudo (projeto básico) que foi aprovado hoje e, agora, a BTP desenvolverá o projeto executivo, como parte das compensações, dos Trimmcs”.


Por meio de um Trimmc, a BTP destinará, além do projeto, R$ 23,7 milhões para a revitalização da Casa de Pedra 1 e entorno. Já a Ecoporto Santos injetará R$ 5 milhões na construção de um playground e um píer de contemplação.


Um pouco de tudo
O secretário reafirmou que a ideia é explorar um espaço cultural, de lazer e gastronômico no local. Entre as possibilidades, a área poderia abrigar “um espaço multiuso, com o Museu do Porto, um museu ferroviário, além de salas comerciais e convenções. Um mix de atividades para que a gente consiga manter fluxo 24 horas por dia, sete dias na semana”.


O secretário também comentou sobre as sugestões de ocupação da Casa de Pedra 1. “A passarela que sairá da Rua XV de Novembro desembocará entre a Casa de Pedra e o Armazém 4. Então, o que se discute é que ela poderá abrigar um receptivo e um café”.


Logo após a reunião, os conselheiros visitaram o canteiro do Parque Valongo. “As obras estão bem avançadas, com a cobertura do Armazém 4 praticamente concluída e, nos próximos 30 dias, deverá ser feito o piso. A obra da praça também está avançada, com nivelamento, rede de drenagem e toda a parte de infraestrutura já executada. A quadra de esportes de areia e o parque infantil vão entrar em fase de conclusão. Nós continuamos com a previsão de conclusão da fase 1 no começo de julho”, afirmou Glaucus Farinello.


A primeira fase, que consiste na entrega do Armazém 4 restaurado e da praça na área onde ficavam os armazéns 5 e 6, estão sendo conduzidas e financiadas pela Cofco International, que destinou R$ 15 milhões por meio de um Trimmc assinado em 15 de maio de 2023.


O secretário disse que o Parque Valongo deverá sediar o evento Inverno Criativo já neste ano. “Queremos fazer o Inverno Criativo, agora, em julho, trazendo o santista para conhecer essa nova área que a Cidade está ganhando”.


Modelagem de concessão
Contudo, Farinello lembrou que o modelo de concessão do equipamento ainda não foi definido. “Ainda se discute qual será a modelagem de concessão com a Autoridade Portuária. A gente pretende concluir as estratégias de ocupação neste semestre, até o meio do ano, inclusive, para saber se irá licitar ou conceder o todo ou em parte, em fatias ou em fases”.


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