A Baixada Santista deve contar, em breve, com a primeira usina de hidrogênio verde do Estado de São Paulo e a primeira dedicada ao mercado interno do País. Será montada nas instalações da Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae) e deverá fornecer hidrogênio e amônia para empresas siderúrgicas, petroquímicas, de fertilizantes e do Porto de Santos, num processo de descarbonização que deve levar até cinco anos.
O anúncio foi feito pelo empresário e economista Roberto Gianetti da Fonseca, que participou do terceiro encontro Agenda ESG, realizado ontem à tarde no Auditório do Grupo
“Vamos fornecer energia em hidrogênio e eletricidade renovável para quem quiser. O hidrogênio será usado como combustível automotivo. Estamos iniciando esse empreendimento e espero que, ainda em 2023, possamos anunciar o lançamento da pedra fundamental”, conta Gianetti. “Ela usará energia solar durante o dia e energia hidrelétrica durante a noite”, reforça.
União de esforços
Ricardo Arten, CEO da Brasil Terminal Portuário (BTP), defendeu a união de esforços entre as empresas do setor portuário para ampliar as ações sociais já desenvolvidas em cada uma.
“Quando uma empresa faz por convicção, acaba levando outros terminais à mesma direção. Percebemos uma evolução focada no E (
Marcelo Patrício, gerente executivo de Operações Portuárias da Santos Brasil, entende que esse papel pode ser exercido pelo Sindicato dos Operadores Portuários do Estado (Sopesp). “É importante um conjunto de pequenas ações de cada empresa, somadas ou integradas”, frisa.
Gustavo Valente, da Vinci Partners e diretor da Maralto Terminal de Contêineres, lembra que o terminal da empresa, no Paraná, já foi pensado sob a ótica ESG. “O Brasil tem sorte de possuir uma matriz de energia renovável muito consistente”, aponta.
Cuidado ambiental requer ajuda pública
A preocupação com o meio ambiente precisa de ajuda do Poder Público, mas pode ser conduzida pela iniciativa privada de forma eficiente e sustentável, aplicando na prática os conceitos de ESG. É o caso do Porto do Açu, um dos maiores complexos de infraestrutura do País e que fica no Rio de Janeiro.
De acordo com o diretor de Administração Portuário do complexo, Vinicius Patel
Ana Angélica Alabarce, chefe do Ibama na região, afirma haver grande preocupação em melhorias na atuação dos terminais portuários. “Estamos muito bem nesse aspecto, como na questão da água de lastro”, declara.
Importância
Diretor comercial do Grupo
Prêmio
A gerente de Projetos e Relações Institucionais do Grupo Tribuna, Arminda Augusto, anunciou que, entre este domingo (dia 27) e 27 de janeiro, estarão abertas as inscrições do primeiro prêmio ESG do Grupo Tribuna. O objetivo é valorizar as práticas de empresas públicas e privadas que têm adotado o caminho da sustentabilidade. “Ainda é um tema relativamente desconhecido na nossa região. Queremos estimular empresas a abraçarem essa causa”, afirma.