Os tripulantes do navio DS Sofie Bulker foram submetidos a exames para verificar se houve contágio por covid-19 a bordo. A medida foi necessária após o descobrimento de um clandestino na embarcação, que está atracada no Porto de Santos.
O homem, que não teve a nacionalidade divulgada, foi descoberto após a partida do cargueiro. A embarcação deixou o porto de Douala, em Camarões, com destino ao cais santista. No entanto, agora, o navio será submetido a uma quarentena de 14 dias.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o clandestino segue isolado em uma cabine. Ele não apresenta sintomas de coronavírus, mas a doença foi constatada após exames.
Também não há relatos de sintomas entre os tripulantes. A princípio, nenhum apresentou febre, tosse a e oximetria está dentro dos parâmetros. Mesmo assim, todos passaram por exames sorológicos, cujos resultados ainda não foram conhecidos.
A embarcação chegou ao cais santista na última quarta-feira e permaneceu na área de fundeio, na Barra. A autorização para a atracação só foi expedida na segunda-feira.
Por enquanto, o cargueiro ficará atracado no cais do armazém 35, na Ponta da Praia. De acordo com os protocolos elaborados pelas autoridades, este ponto de atracação é utilizado para embarcações com casos de covid-19 a bordo.
Repatriação
Em casos de descobrimento de clandestinos em embarcações, a Polícia Federal instaura um procedimento administrativo que visa o controle migratório. É lavrado auto de infração e termo de responsabilidade pelo clandestino que será repatriado, ou seja, enviado ao país de origem.
Além disso, após a liberação do navio pela Anvisa, a Polícia Federal deverá ouvir os envolvidos. Quando autorizado pela autoridade sanitária, o DS Sofie Bulker também fará o embarque de 26 mil toneladas de açúcar a granel no Porto de Santos.