Revitalização do Valongo inclui oferta à iniciativa privada

Plano de utilização da área foi discutido em encontro com representantes da Docas e do MPE, além de deputado

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  16/03/19  -  14:58
Há a possibilidade de transformar os armazéns 1 e 8, no Valongo, em polo gastronômico
Há a possibilidade de transformar os armazéns 1 e 8, no Valongo, em polo gastronômico   Foto: Carlos Nogueira/AT

A resolução dos problemas envolvendo os armazéns 1 ao 8 no Valongo, no Porto de Santos, pode ter avançado na sexta-feira (15). Em reunião informal entre o diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio Carvalho, o promotor de Justiça, Urbanismo e Meio Ambiente do Ministério Público do Estado (MPE), Daury de Paula Júnior, e o deputado federal Júnior Bozzella (PSL) foi cogitada a participação da iniciativa privada no processo. 


“Não vou investir dinheiro público em um projeto de Porto turístico, sendo que tenho que priorizar milhares de problemas estruturais da companhia. É uma questão de priorizar o recurso da Codesp, que não tem uma saúde financeira para eu sair gastando dinheiro sem critério”, destacou Carvalho, apontando a necessidade de parcerias. 


As estruturas apresentam risco de desabamento e demandam intervenção. Este é o primeiro ponto, para Bozzella. “É uma questão que vai ter que resolver. Só tem que achar a solução de onde vai buscar o recurso. Agora, se conseguir fazer um estudo por completo e trazer a iniciativa privada para fazer a revitalização como um todo, além de solucionar o desabamento, melhor ainda”. 


Daury relembrou que existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Autoridade Portuária e o MPE para a realização do serviço preventivo, estudo de projeto e início das obras de revitalização da área. 


Entretanto, o promotor entende ser positiva a preocupação da Codesp com os recursos públicos e vê como interessante a abertura do projeto para investimento só da iniciativa privada. O TAC, de acordo com ele, pode ser alterado, mas isso vai depender de uma nova reunião e o que apresentar a diretoria da estatal.


“A Codesp se dispôs a fazer um estudo, principalmente do ponto de vista econômico e, a partir daí, podemos sentar para reformatar o TAC ou tomar outra medida. Tudo vai depender da conclusão deles a previdência que o ministério público vai tomar”. 


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