Leilões de cinco terminais portuários rendem R$ 216 milhões

Santos Brasil arrematou 3 das 4 áreas de Itaqui

Por: Do Estadão Conteúdo  -  10/04/21  -  18:47
  Foto: Ministério da Infraestutura/Divulgação

O último leilão da Infra Week rendeu mais R$ 216 milhões de outorga ao governo federal, totalizando R$ 3,5 bilhões nos três dias de licitação. Ontem, na B3, o Ministério da Infraestrutura encerrou a semana de concessões com a oferta de cinco áreas no Porto Organizado de Itaqui (MA) e no Porto de Pelotas (RS). Os projetos vão representar investimentos de R$ 600 milhões durante o contrato de concessão – no caso de Itaqui, o prazo será de 20 anos e, no de Pelotas, 10 anos.


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A Santos Brasil, empresa que administra o Tecon, um dos maiores terminais de contêineres do Porto de Santos, arrematou três das quatro áreas em Itaqui, que serão destinadas à movimentação e à armazenagem de granéis líquidos, sobretudo de combustíveis. O presidente da empresa, Antonio Carlos Duarte Sepúlveda, afirmou que os lances dados no leilão refletem a nova estratégia da companhia de diversificação de cargas.


Além disso, destacou Sepúlveda, Itaqui tem um potencial enorme, já que tem conexão com três ferrovias: Norte Sul, Transnordestina e Carajás. “Esse porto será um hub de combustíveis na região”, disse.


Na primeira área de Itaqui, denominada IQI12, a empresa deu um lance de R$ 61,3 milhões, com ágio de 44,24%. Na IQI11, foi a única participante e fez uma proposta de R$ 56 milhões, com ágio de 15,06%.


Nas áreas IQI12 e IQI13, que tinham valor mínimo de R$ 1 por causa do volume maior de investimento, foram para o viva-voz e tiveram forte concorrência. Na IQI12, a disputa ficou entre o Terminal Químico de Aratu (Tecmar) e a Santos Brasil, com propostas iniciais de R$ 37,5 milhões e R$ 29 milhões, respectivamente. A Santos Brasil venceu com um lance de R$ 40 milhões, no viva voz.


A IQI13 teve a maior disputa do leilão e contou com quatro rodadas de propostas também no viva-voz. Nesse caso, o Tecmar venceu com uma oferta no valor de R$ 59 milhões.


Na área do Porto de Pelotas, que será destinada à carga geral e à movimentação de toras de madeira, a única participante foi a CMPC Celulose Riograndense, que arrematou o terminal com uma proposta de R$ 10 mil, ante o preço mínimo de R$ 1.


Próximos leilões


O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, comemorou os três dias de licitação, com o arremate de todos os 28 ativos ofertados. Segundo ele, essas concessões vão gerar investimentos de R$ 10 bilhões nos próximos anos. “E teremos muito mais coisa pela frente. No fim do mês, estaremos aqui de volta para licitar a BR-153 (R$ 14 bilhões) e a Cedae – a maior licitação de saneamento. Em julho, teremos a BR-163 e outros três terminais portuários. E mais para frente, a Dutra, que será um leilão bem badalado”, explicou.


Freitas destacou que, neste ano, serão licitados mais 50 ativos que estão sendo planejados pelo Ministério. Mas, no total, o governo deve conceder à iniciativa privada cerca de 129 ativos, como energia elétrica, óleo e gás, creches etc. Tudo isso deve somar cerca de R$ 460 bilhões de investimentos.


O ministro lembrou que está previsto, ainda para este ano, a privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e, para 2022, da Autoridade Portuária de Santos (atual nome da Companhia Docas do Estado de São Paulo), da Companhia Docas de São Sebastião (SP) e da Autoridade Portuária de Itajaí (SC).


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