Uma das principais funções de um porto é oferecer áreas abrigadas de ventos e correntezas para a atracação e a operação de navios. Em condições climáticas ou marítimas desfavoráveis, como as que ocorrem durante tempestades, fortes ventos ou ressacas intensas, o melhor é suspender qualquer atividade, inclusive a navegação.
Medidas como a suspensão do tráfego são necessárias por uma questão de segurança, para evitar que embarcações em movimento venham a naufragar ou encalhar, atrapalhando ou até impedindo os serviços do porto, e aquelas atracadas corram o risco de colidir contra equipamentos ou outros cargueiros.
Na análise de segurança, os principais fatores de risco são baixa visibilidade (neblina), ventanias e correntes marítimas.
No Porto de Santos, essas condições são acompanhadas pela Capitania dos Portos de São Paulo, órgão da Marinha do Brasil. Cabe a ela suspender o tráfego aquaviário no canal do estuário assim que notar uma mudança climática que dificulte a navegabilidade. Na prática, é ela que “fecha” o Porto.
Para monitorar as condições de navegação, a Capitania conta com dados do sistema de meteorologia da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha, que faz a previsão e a análise climática na costa brasileira e em regiões específicas, como as áreas do Porto de Santos.
Outra fonte sobre as condições de navegação no complexo santista é a Praticagem de São Paulo, que reúne os profissionais responsáveis por orientar as manobras de navios nas áreas abrigadas do Porto. A entidade tem, em sua sede, na Ponta da Praia, em Santos, seu Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfego (C3OT), ligado a sensores hidrográficos e meteorológicos no canal e na baía.