Câmara adia discussões sobre BR do Mar pela terceira vez

Por conta do encerramento da sessão, projeto voltará à pauta apenas na próxima terça-feira (3)

Por: Fernanda Balbino  -  27/10/20  -  23:12
Canal deverá ter 15,3 metros de profundidade para permitir navegação de navios de grande porte
Canal deverá ter 15,3 metros de profundidade para permitir navegação de navios de grande porte   Foto: Arquivo/Carlos Nogueira/AT

As discussões sobre o Projeto de Lei nº 4.199, do Governo Federal, que prevê incentivos às operações de cabotagem, foram adiadas pela terceira vez na Câmara dos Deputados. Agora, o BR do Mar voltará à pauta apenas na sessão plenária da próxima terça-feira (3).


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A sessão foi encerrada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Apesar do pedido feito antes da abertura dos trabalhos, os partidos da base do governo continuam em obstrução, o que impediu a votação de matérias, entre elas,  a do BR do Mar. 


Enquanto os partidos do Centrão prendem as sessões por causa de um imbróglio que envolve a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a oposição o faz para que a Medida Provisória (MP) que prorroga o pagamento e reduz o valor do auxílio emergencial seja pautada.


“O Ministério da Infraestrutura segue aguardando que o Congresso considere a necessidade de celeridade para a tramitação da proposta. Uma vez apresentado um projeto de lei, a tramitação cabe ao Congresso Nacional”, destacou a pasta, em nota.


O projeto é considerado uma das prioridades do setor de infraestrutura nacional. O BR do Mar vai facilitar o afretamento de navios estrangeiros, situação permitida atualmente apenas durante o período de construção de navio encomendado a estaleiro nacional.


Ainda de acordo com o projeto, a partir do ano que vem as empresas poderão afretar duas embarcações a casco nu, ou seja, alugar navio vazio para uso. Em 2022, poderão ser três navios e, a partir de 2023, a quantidade será livre, observadas condições de segurança definidas em regulamento.
Essas embarcações deverão navegar com suspensão da bandeira de origem. A bandeira do país vincula diversas obrigações legais, desde comerciais, fiscais e tributárias até as trabalhistas e ambientais.


Responsabilidade


Maia pediu responsabilidade aos partidos da base do governo para que acabem com a obstrução do Plenário. “Espero que a responsabilidade prevaleça. Se o governo não tem interesse nestas medidas provisórias, eu não tenho o que fazer. Eu pauto, a base obstrui e eu cancelo a sessão”, lamentou.


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