Reforma: Capitalização é aceita por 45% dos entrevistados; 46% preferem repartição

Proposições feitas pelo governo na reforma da Previdência têm níveis de aceitação diferentes dentro da sociedade, conforme pesquisa Ibope contratada pelo Centro de Liderança Pública (CLP)

Por: De A Tribuna On-line, com informações da Agência Estado  -  18/06/19  -  00:24
Comissão da Previdência quer audiências em maio e debate de relatório em junho
Comissão da Previdência quer audiências em maio e debate de relatório em junho   Foto: Luigi Bongiovanni

As proposições feitas pelo governo na reforma da Previdência têm níveis de aceitação diferentes dentro da sociedade, conforme pesquisa Ibope contratada pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e obtida com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.


O levantamento mostra que a fixação de alguma idade mínima é aceita por 75% dos entrevistados. O patamar sugerido pelo governo, de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, é apoiado por 62% e 61% dos brasileiros, respectivamente. Já a capitalização divide o público ouvido: 45% dos entrevistados são favoráveis, enquanto 46% preferem seguir no regime de repartição.


Em relação às aposentadorias especiais, a pesquisa mostra que 51% dos entrevistados concordam que professores parem de trabalhar mais cedo. A proposta de que seja fixada uma idade mínima de 60 anos, contudo, tem aceitação de 58% dos brasileiros, segundo a pesquisa.

O levantamento mostra, ainda, que a maior parte dos entrevistados, 79%, quer que políticos, servidores e trabalhadores da iniciativa privada tenham as mesmas regras de aposentadoria. Outros 18% creem que as carreiras podem ter formatos diferentes para se aposentar. Essa percepção é forte em todas as faixas etárias e regiões do País, mas tem destaque principalmente no Sudeste (84%), entre homens (81%), com mais de cinco salários (86%) e na faixa etária entre 25 e 44 anos (81%).

No recorte por região, a pesquisa mostra que a principal resistência à reforma se encontra no Nordeste. É a região que tem taxa de rejeição superior à de aceitação.

A pesquisa contratada pelo CLP foi divulgada posteriormente, nesta segunda-feira (17), em cerimônia que lançou a rede Apoie a Reforma, formada por 50 instituições que querem gerar conteúdo sobre o tema e atuar junto à sociedade pela aprovação do texto. A pesquisa foi a campo entre 23 e 27 de maio e soma 2.002 entrevistas, com margem de erro de 2 pontos percentuais para baixo ou para cima. O levantamento tem abrangência nacional e escutou pessoas de capitais, periferia e interior.


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