Lula e mais três viram réus por suposta propina da Odebrecht

Decisão do juiz da 10ª Vara da Justiça Federal aconteceu nesta quinta (6). Além do ex-presidente, estão incluídos o empresário Marcelo Odebrecht e os ex-ministros Palocci e Paulo Bernardo

Por: Do Estadão Conteúdo  -  06/06/19  -  22:18
Advogados de Lula pedirão soltura hoje; PT prepara agenda política
Advogados de Lula pedirão soltura hoje; PT prepara agenda política   Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou nesta quinta-feira (6) denúncia por corrupção apresentada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Marcelo Odebrecht e os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo.


Lula e Palocci são acusados de terem acertado o recebimento de R$ 64 milhões em troca do aumento do limite da linha de crédito para exportação de bens e serviços entre Brasil e Angola, em benefício da Construtora Odebrecht. Segundo os autos, a autorização pelo governo brasileiro teria sido de US$ 1 bi.


O inquérito tem como base a delação do ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht.


"No caso específico dessa negociação, em 2009, início de 2010, até porque eu acho que estava se aproximando da eleição, veio o pedido solicitado para mim por Paulo Bernardo, na época, que veio por indicação do presidente Lula, para que a gente desse uma contribuição de US$ 40 milhões e eles estariam fazendo a aprovação da linha de US$ 1 bilhão para exportação de bens e serviços", declarou Odebrecht, em depoimento.


"Em 2009, 2010, teve uma negociação de uma linha de crédito envolvendo Angola que se dava entre os dois país", explicou Odebrecht.


O delator revelou que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda, governo Lula, e Casa Civil, governo Dilma Rousseff) era o principal interlocutor das propinas acertadas pela Odebrecht com o PT. "Todos os pagamentos eram autorizados por Palocci."


Defesas


A Reportagem tenta contato com as defesas do ex-presidente Lula, dos ex-ministros Palocci e Paulo Bernardo e do empresário Marcelo Odebrecht. O espaço está aberto para manifestação.


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