Ciro Gomes critica PT e Bolsonaro durante live 'Sem Censura'

Ex-ministro participou de entrevista no Facebook do Grupo Tribuna com os jornalistas Arminda Augusto, Alexandre Lopes, Bruno Gutierrez e Eduardo Brandão

Por: Sandro Thadeu  -  17/06/20  -  21:57
Atualizado em 17/06/20 - 22:14
Ciro Gomes critica PT e Bolsonaro durante live 'Sem Censura'
Ciro Gomes critica PT e Bolsonaro durante live 'Sem Censura'   Foto: Matheus Tagé/AT

O ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional e terceiro colocado nas eleições presidenciais de 2018 Ciro Gomes (PDT) não poupou críticas ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), durante a live promovida pelo Grupo Tribuna na tarde desta quarta-feira (17), pelo Facebook. Segundo o político, o “amigo” está deixando de ser um petista “vaselina” para ser um “lulopetista raiz”.


Haddad causou polêmica ao conceder uma entrevista recentemente e dizer que o PDT não apoiava o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


Gomes explicou que sua legenda foi a primeira do País a protocolar o pedido de afastamento do chefe do Executivo federal na Câmara dos Deputados e que a sigla apresentou uma nova solicitação desse gênero. 



“O Haddad é famoso por ser um vaselina, né? Dizia que golpe era uma palavra muito forte e que ia chamar o Bolsonaro para um acordo ético. O Haddad é um Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da República, do PSDB) sem a exuberância dele. Isso não é defeito, mas os tempos agora pedem um pouco mais de energia”, disse Gomes. 


Na avaliação do ex-ministro, Haddad, que comandou a pasta de Educação, está deixando de ser um petista “vaselina” para ser o lulopetista raiz. “Para ser lulopetista raiz, é preciso ser mentiroso e corrupto”, frisou ele, que já foi governador do Ceará no início da década de 1990.


Coronavírus


Na avaliação do ex-ministro, o presidente errou ao não se amparar no conhecimento da ciência para tomar as decisões corretas a fim de enfrentar a pandemia de coronavírus e ao decidir seguir as medidas adotadas nos Estados Unidos, que se mostraram equivocadas com o passar dos dias.


“Só há um jeito de prevenir mortes, que é o isolamento social radical. O isolamento social vai causar um impacto na atividade econômica. Isso não é uma contradição. Quanto mais radical e bem feito isso for feito, mais rápida e menos profunda será a consequência econômica. Essa foi a primeira irresponsabilidade do presidente”, destacou.


Gomes entende que a evidência desse fracasso da gestão nesse momento crítico é a troca de dois ministros da Saúde na maior crise sanitária dos últimos anos. “Estamos fazendo o isolamento meia bomba, porque não salva vidas e caminhamos para ser o epicentro mundial da doença”, frisou.


Em relação à crise econômica, o ex-ministro da Fazenda acredita que ela será mais sentida do que em outros países. Afinal, a liberação de crédito não está chegando na mão dos trabalhadores, nem dos microempreendedores e micro e pequenos empresários do País. Ele criticou ainda os bancos, que aumentaram a taxa de juros de empréstimos e dificultam a concessão de recursos.


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