Turista carioca desaparecido teria levado tiro durante assalto em trilha no Litoral de SP

Novas informações da polícia dão reviravolta no caso

Por: ATribuna.com.br  -  27/03/24  -  14:27
Bruno Rodrigues Magalhães, de 34 anos, posando no hostel onde se hospedou em Santos. Ele enviou a foto para a sua mãe no último dia 15
Bruno Rodrigues Magalhães, de 34 anos, posando no hostel onde se hospedou em Santos. Ele enviou a foto para a sua mãe no último dia 15   Foto: Arquivo Pessoal

O desaparecimento do turista carioca Bruno Rodrigues Magalhães, de 34 anos, ganhou um novo e importante componente. Na tarde do dia 15, um homem com as mesmas características físicas dele - que estava na mesma trilha que Bruno fazia e no mesmo local onde acampava, entre as praias do Sangava e do Góes - foi alvejado por um tiro na coxa esquerda, depois de reagir a um assalto.


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A informação surgiu em um boletim de ocorrência registrado por uma mulher, que tinha sido assaltada na mesma trilha. No documento policial, ela conta que foi abordada por quatro criminosos e, ameaçada com arma de fogo, sendo obrigada a entregar cartões, celular e R$ 60,00 em dinheiro. De posse das senhas da vítima, os bandidos fizeram transferências, que, segundo os próprios assaltantes disseram a ela, alcançaram em torno de R$ 900,00.


A ideia dos criminosos, segundo a vítima, era roubar mais pessoas. Foi quando o homem com o mesmo tipo físico de Bruno surgiu e os assaltantes exigiram que ele entregasse uma correntinha de ouro e uma pulseira. O homem reagiu à abordagem e levou um tiro na coxa esquerda.


Os criminosos, então, foram com a mulher até a Praia do Góes, onde atravessaram de barquinha para Santos. Todos pegaram um ônibus intermunicipal, ordenando que a vítima descesse na orla de São Vicente, no Itararé, enquanto os assaltantes seguiram viagem.


Buscas

O 6º Grupamento de Bombeiros informou ter feito buscas entre quarta (20) e sexta-feira (22), com apoio de cães farejadores. A equipe do canil descartou que Bruno estivesse na Praia do Sangava e concluiu que também não estava em praias vizinhas, como as do Góes e do Saco do Major.


“As buscas foram suspensas pelo Corpo de Bombeiros até que surjam novos fatos e/ou informações de relevância que possam levar até o encontro da vítima. A família do Bruno foi informada a respeito da suspensão de buscas”, afirma o grupamento. O desaparecimento é investigado pelo setor de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil.


Desespero

O irmão de Bruno, Marcelo Rodrigues Magalhães, e um tio estão em Santos. Eles e o restante da família pedem para que as buscas sejam retomadas. Também estão fazendo isso por conta própria, com o auxílio de drones.


"Na terça-feira (19), ainda sem notícias dele (Bruno), eu fiz um boletim de ocorrência on-line e desci para Santos, de carro", contou o irmão, Marcelo Rodrigues Magalhães, em entrevista para A Tribuna. Dias depois, um barqueiro localizou a barraca de Bruno montada na mata, a desmontou, recolheu os pertences e entregou a Marcelo. Havia documentos, mas não o celular.


Aficionado por trilhas, Bruno visitava a Baixada Santista pela primeira vez. Ele mora no Rio de Janeiro e foi a São Paulo de avião. Chegou no dia 5 e voltaria no dia 22, com passagem comprada. No dia 23, o irmão descobriu que ele ficou hospedado no Hostel da Vila, no bairro Vila Belmiro, em Santos, até dia 12, onde deixou a mala de viagem com alguns pertences. O último contato aconteceu no dia 15, com a mãe, quando até tirou uma selfie.


"Como ele não teve contato desde então , porque disse que ficaria em um lugar rústico e sem telefone, acreditamos que estava bem. Os dias foram se passando e não tivemos notícias. Não é comum ele fazer isso. E a mãe no Rio sempre preocupada. Ela quer o filho vivo ou morto. Para a mãe, é muito difícil falar isso. Precisamos avançar nisso. É a única pista que a gente tem", comentou o irmão, em entrevista à TV Tribuna.


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