Rapaz morto em tiroteio com PM em Santos respondia a processo de tráfico de drogas

Jovem de 19 anos foi alvejado após troca de tiros entre policiais e suspeitos na Vila Progresso

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  24/12/20  -  10:24

Marcelo Borini Carriel, de 19 anos, que morreu em tiroteio com policiais militares na Vila Progresso, ponto habitável mais alto de Santos, às 22h40 de terça-feira (22), portava uma pistola ponto 40, mesmo calibre utilizado pelos agentes públicos de segurança. Réu em processo de tráfico de drogas, ele gozava do benefício de liberdade provisória.


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Durante o confronto, comparsas de Marcelo conseguiram escapar e não foram identificados. Eles abandonaram na fuga uma sacola recheada com drogas (650 gramas de maconha, 260 cápsulas de cocaína e 68 pedras de crack). Nela também havia balança, rádio de comunicação e a quantia de R$ 174,00 reais.


A Vila Progresso fica entre os morros da Nova Cintra e São Bento. Policiais da Força Tática e das Rondas Ostensivas com o Apoio de Motocicletas (Rocam) realizavam patrulhamento pela região, quando avistaram um suspeito, que fugiu correndo e saiu do campo de visão dos PMs ao ingressar na Rua 13.


Porém, no fim desta rua, dois policiais da Rocam foram recebidos a tiros por outros dois homens, um dos quais Marcelo Borini Carriel. Os PMs escaparam ilesos, mas a moto de um deles teve a carenagem atingida por uma bala. Apenas um dos patrulheiros revidou os disparos.


Cessado o tiroteio, os policiais conseguiram se aproximar de Marcelo. Ele estava baleado e portava uma pistola ponto 40, carregada com oito balas e com a numeração raspada. Após ser desarmado, o rapaz foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, onde faleceu.


O comparsa do morto e o suspeito que inicialmente foi perseguido e fugiu não foram encontrados. Durante varredura nas imediações do local do confronto foi achada a sacola com os entorpecentes. O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) pelo delegado João Octávio de Almeida Ribeiro de Mello.


Confronto entre suspeitos e policiais ocorreu na noite de terça-feira na Vila Progresso, em Santos
Confronto entre suspeitos e policiais ocorreu na noite de terça-feira na Vila Progresso, em Santos   Foto: Reprodução

14 dias de cadeia


Marcelo foi autuado em flagrante por tráfico no último dia 15 de maio. A sua prisão foi convertida em preventiva e o Ministério Público o denunciou. Porém, 14 dias depois, o réu foi solto, porque o juiz Valdir Ricardo Lima Pompêo Marinho, da 2ª Vara Criminal de Santos, lhe concedeu o benefício de liberdade provisória.


Em contrapartida, o magistrado impôs medidas cautelares, cujo descumprimento sujeitaria o acusado a ter a preventiva novamente decretada. Uma dessas imposições legais fixadas pelo juiz em substituição à prisão obrigava Marcelo ao “recolhimento domiciliar durante o dia e à noite, para evitar reiteração criminosa”.


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