Seria mais um caso da Lei Maria da Penha. Porém, quando chegaram ao local da ocorrência de violência doméstica, em Itanhaém, policiais militares apuraram que o agressor se passava por falso investigador da Polícia Civil de São Paulo e ainda é procurado da Justiça por homicídio.
A violência aconteceu na residência do casal, na Rua Walter Francisco Castelan, na Vila Loty. No imóvel, os PMs encontraram domingo (5) à tarde apenas uma mulher, de 33 anos. Bastante assustada, ela disse que o companheiro, “investigador”, a agrediu com tapas e socos durante a madrugada, quando retornavam de carro para a moradia.
O casal voltava de uma festa em Taboão da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a vítima, o companheiro também tentou enforcá-la com o cinto de segurança e a algemou após chegarem no imóvel. A vítima acrescentou que o acusado adormeceu e ela achou a chave das algemas, soltando-se e buscando socorro na casa de vizinhos.
Erivan de Santana Santos, de 45 anos, o falso investigador, não estava mais na casa quando os PMs ali chegaram. Ao perceber a ausência da mulher, ele fugiu antes. Aparentando acreditar que o companheiro fosse mesmo policial civil, a vítima disse que o Estado “mudou” a identidade dele para “Paulo César Silvestre”.
Os PMs e o delegado Edinilson Mattos consideraram estranha a informação prestada pela mulher, o que motivou uma revista na residência. Na casa foram apreendidos vários documentos de identidade falsos, rádio de comunicação, duas camisetas da Polícia Civil e dois coldres.
Posteriormente, Erivan foi encontrado no mesmo bairro com o seu veículo Hyundai Tucson preto. Dentro dele havia 14 munições de pistola calibre .40. O acusado se identificou como investigador e exibiu funcional falsa e distintivo da Polícia Civil. Ele ainda portava algemas, colete à prova de balas e uma réplica de pistola.
Ao perceber que já estava descoberto, Erivan revelou o nome verdadeiro e os PMs apuraram a sua condição de procurado. O delegado Mattos autuou o falso investigador pelos crimes de agressão com base na Lei Maria da Penha, uso de documento falso, porte ilegal de munição de uso restrito e falsificação de documento público. A vítima foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, onde o médico plantonista constatou as lesões sofridas.