Presos engolem porções de maconha para tentar entrar no CPP de Mongaguá

Detentos tiveram de tomar laxante em uma unidade de saúde para evacuar os entorpecentes

Por: Eduardo Velozo Fuccia & De A Tribuna On-line &  -  03/12/19  -  21:36
Projetado para 1.640 detentos, o CPP de Mongaguá abriga 2.948
Projetado para 1.640 detentos, o CPP de Mongaguá abriga 2.948   Foto: Rogério Soares/AT

Dois presos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin, em Mongaguá, foram autuados em flagrante por tráfico. Eles tentaram entrar na unidade com maconha que engoliram para burlar a fiscalização.


A droga estava acondicionada em cápsulas para poder ser consumida após os detentos evacuarem. Em casos similares, porém, relacionados a cocaína, traficantes morreram de overdose com o rompimento dos invólucros dentro do corpo.


No episódio de Mongaguá, os detentos José Cristiano Silva, de 40 anos, e Daniel Messias Gomes, de 31, saíram na manhã de segunda-feira (2) do CPP para realizar curso do projeto governamental Via Rápida. No fim da tarde, ao retornarem, eles passaram pelo escâner corporal instalado na portaria.


Segundo agentes penitenciários, o equipamento detectou algo na região estomacal de ambos os presos. Daniel e José foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Agenor de Campos e submetidos a exame, que confirmou a presença de “corpo estranho” no estômago.


Laxante foi ministrado aos detentos. Após ser medicado, Daniel tentou fugir da UPA, mas os agentes conseguiram contê-lo. Ele e José foram reconduzidos ao CPP de Mongaguá, onde o purgante fez efeito. Daniel e José evacuaram, respectivamente, 11 e 22 porções de maconha.


O entorpecente totalizou 70 gramas e o delegado Francisco Wenceslau determinou a sua apreensão. Autuados por tráfico, cuja pena varia de cinco a 15 anos de reclusão, os detentos serão removidos a uma unidade de regime fechado.


O CPP de Mongaguá é o único estabelecimento prisional da região de regime semiaberto. Projetado para 1.640 detentos, ele abrigava 2.972, conforme dados divulgados segunda-feira pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).


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