Polícia investiga de onde partiu o tiro que matou a menina Hillary

Após mais de 3 meses, laudo balístico ainda não foi concluído pela Polícia Científica

Por: Nathália de Alcantara & Da Redação &  -  23/05/19  -  15:56
Hillary estava no carro com os pais, em Peruíbe, quando foi atingida
Hillary estava no carro com os pais, em Peruíbe, quando foi atingida   Foto: Arquivo Pessoal

Mais de três meses após a tragédia que matou Hillary Sousa Valadares, de 2 anos, em Peruíbe, a família luta para suportar a saudade, além de brigar para que o caso não seja esquecido.


A criança foi atingida no rosto por uma bala perdida enquanto estava no carro com os pais, no bairro Caraguava. Eles ficaram no meio de uma troca de tiros entre dois bandidos e um PM de folga, na noite de 12 de fevereiro. Hillary ficou internada na Santa Casa de Santos, mas teve morte cerebral três dias depois.


A mãe, Talita de Sousa da Silva, de 20 anos, diz que ainda não há uma resposta sobre o laudo balístico. “No dia em que ela morreu, disseram que o resultado sairia em 30 dias, mas ainda não temos resposta se esse tiro veio do policial ou dos bandidos”.


Enquanto o tempo passa, a mãe fica com essa interrogação. “Lido com a sensação de impunidade, sem entender o que aconteceu. Não estávamos fazendo nada errado. Era uma criança inocente dentro do carro com os pais”.


A saudade está presente em todos os momentos. “Era levar na escola de manhã e buscar à tarde. Penso nisso todos os dias. Eu não tive Dia das Mães este ano. A dor ainda é a mesma. Vou tentando levar um dia de cada vez, mas o que mais machuca é ver que não tem resposta”.


Para a mãe, a angústia é saber que, enquanto os sonhos de sua família e da pequena Hillary foram interrompidos, a pessoa que destruiu tudo isso ainda segue a vida normalmente e impune.


“O sonho dela acabou, o meu também. Perdi minha filha e acabou tudo. Minha família tinha tantos planos...”.


A avó de Hillary, Valdira Valadares, conta que a família corre atrás de informações sobre o laudo, sem sucesso. “O tempo passa e estamos de mãos atadas. A saudade da nossa princesa é enorme e a ferida não fecha. Não pode ficar assim”.


Resposta


Procurada pela Reportagem, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) se limitou a responder que “os laudos periciais da Superintendência de Polícia Técnico Científica estão em elaboração e assim que forem concluídos serão remetidos à autoridade policial para análise”.


A Tribuna apurou que o tempo médio de um laudo varia de 30 a 60 dias.


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