PF realiza 2ª fase da operação que mira fraudes na saúde de Guarujá; casa de prefeito é alvo

Agentes amanheceram na Prefeitura e na casa de Suman; mandados de busca e apreensão também ocorrem em Santos e SV

Por: ATribuna.com.br  -  29/03/22  -  08:19
Atualizado em 29/03/22 - 23:06
Polícia Federal está na porta do apartamento do prefeito de Guarujá
Polícia Federal está na porta do apartamento do prefeito de Guarujá   Foto: Nina Barbosa/TV Tribuna

A Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União deram início nesta terça-feira (29) à segunda fase da Operação Nácar, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre fraudes na Saúde e Educação envolvendo a Prefeitura de Guarujá. Equipes da PF compareceram, nesta manhã, à residência do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB).


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Contudo, A Tribuna apurou que o chefe do Executivo guarujaense teria saído do apartamento onde mora pouco antes da chegada dos agentes. Na primeira fase da Operação Nácar, deflagrada em 15 de setembro do ano passado, Suman chegou a ser preso juntamente com o então secretário de Educação de Guarujá, Marcelo Nicolau. Ambos só deixaram a cadeia quatro dias depois, após decisão judicial.


Viaturas da PF também estão nesta manhã no Paço Municipal de Guarujá onde ficam as secretarias de Saúde e Educação, no paço onde fica o gabinete do Prefeito e na Câmara Municipal de Guarujá.


A investigação envolvendo os três órgãos federais tem como objetivo o combate a possíveis crimes de corrupção, desvios de recursos públicos e outros crimes correlatos envolvendo verbas da União.


Segundo a Polícia Federal, são cumpridos 55 mandados de busca e apreensão em oito cidades do Estado de São Paulo, sendo três no litoral de SP: Guarujá, Santos e São Vicente.


Entre as medidas determinadas pela Justiça Federal, estão o bloqueio de mais de R$ 110 milhões de bens e valores de envolvidos, além do afastamento de ocupantes de cargos comissionados e eletivos de suas funções.


Ao todo, participaram da deflagração 225 policiais federais e três auditores da CGU. Ainda segundo a polícia, os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, se somadas, podem variar de 12 a 46 anos.


Relembre o caso


Em setembro do ano passado o prefeito de Guarujá foi investigado por supostamente participar de desvios de verbas da saúde.


Suman chegou a ser preso pela Polícia Federal (PF) em 15 de setembro e solto dias depois por decisão da Justiça. A prisão do prefeito aconteceu durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Operação Nácar, da Polícia Federal. Ele retornou ao cargo em 20 de setembro.


Suman chegou a ser preso pela Polícia Federal (PF) em 15 de setembro
Suman chegou a ser preso pela Polícia Federal (PF) em 15 de setembro   Foto: Matheus Tagé/AT

Na época, o chefe do Executivo afirmou que o dinheiro encontrado pela Polícia Federal, durante a Operação Nácar, sendo R$ 70 mil na residência dele em Guarujá, R$ 300 mil no apartamento em Santos e R$ 42 mil no gabinete, tem origem legal.


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