Renzo Angerami, pai do soldado da Polícia Militar (PM) Luca Romano Angerami, de 21 anos, visto pela última vez em 14 de abril em Guarujá, Litoral de São Paulo, usou as redes sociais para fazer um apelo: poder enterrar o filho. Em entrevista para a TV Tribuna, na última quinta-feira (25), o delegado Fabiano Barbeiro disse que as investigações apontavam que o PM teria sido assassinado e que a desova do corpo teria ocorrido na comunidade da Vila Baiana.
“(...) Foi dia 14 que meu filho sumiu. Aqui, estou falando como polícia. E falando do meio. Entendo, eu sei que, se não fosse o meu, ia o de outros, né? Os motivos? Só não entendo o motivo de ficar todo esse tempo. Quero meu corpo, quero chorar meu filho”, diz Renzo, em vídeo postado neste sábado (27).
“Acho que qualquer um, qualquer pai. Vocês também são pais. Devolve para mim, firmeza? Sempre fui 'sujeito homem' (sic). Por favor, eu tenho o direito de chorar meu filho”, complementa o pai do policial. (confira o vídeo abaixo)
Há seis dias, Renzo Angerami já havia postado outro vídeo, onde falava da angústia dos pais que não conseguem enterrar os filhos. “Essa amargura é muito difícil. Mas traz também o conhecimento de pessoas que nunca encontraram os seus. Eu não entendia esse sentimento. É horrível. Espero que as buscas tenham sucesso. Entendo hoje que, vivo ou morto, o cara quer chorar seu ente querido (...) Deus me deu ele por 21 anos”.
O caso
Luca foi visto pela última vez na manhã do dia 14 de abril na comunidade Santo Antônio, em Guarujá. Naquele dia, o carro dele foi encontrado abandonado na Rodovia Cônego Domenico Rangoni.
Desde então, diversas equipes das polícias Militar e Civil, além da Coordenação de Operações Especiais (COE), estão realizando buscas. Agora, elas estão concentradas na comunidade da Vila Baiana, também na cidade.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), até o momento foram encontrados seis corpos do local, mas nenhum deles é o de Luca. Outros oito suspeitos de participar do sequestro do PM foram presos.
Um deles acompanhou uma das equipes durante as buscas em uma área de mata na Vila Baiana, para orientar quanto ao local que a vítima teria seguido com os criminosos ainda em vida.