Pai de menor apreendido após morte de estudante em Praia Grande alega inocência do filho

Responsável afirma que o adolescente detido não agrediu Carlos Teixeira, de 13 anos

Por: Daniel Rodrigues  -  08/05/24  -  07:21
Segundo o pai de um dos adolescentes apreendidos, o filho dele apenas assistiu a briga na escola
Segundo o pai de um dos adolescentes apreendidos, o filho dele apenas assistiu a briga na escola   Foto: Reprodução/Redes Sociais

O serralheiro Cauê Silva Rodrigues, de 37 anos, que é pai de um dos dois adolescentes apreendidos e levados para Fundação Casa de Praia Grande nesta segunda-feira (6), por serem suspeitos de agredirem o estudante Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara, o “Carlinhos”, de 13 anos, no banheiro da escola, disse que o filho é inocente e que não participou das agressões.


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“Meu filho se envolveu em briga interna, no qual fomos chamados na escola (eu e o pai do Carlinhos). Nossos filhos foram advertidos e acompanhados pelo Conselho Tutelar. Depois disso, não houve mais nada com eles”, explica o pai do adolescente, em entrevista para A Tribuna.


Os menores são acusados de agredir e praticar bullying com o jovem Carlinhos, dentro do banheiro da Escola Estadual Professor Julio Pardo Couto, no dia 19 de março. A vítima morreu no dia 16 de abril na Santa Casa de Santos e a família aponta que a causa teria sido outros dois estudantes que pularam nas suas costas, no dia 9 de abril.


Um vídeo que repercutiu nas redes sociais mostra o menino sendo agredido dentro do banheiro da escola, apelidado de ‘banheiro da morte’ pelos próprios alunos.


Segundo o pai de um dos adolescentes apreendidos, o filho dele aparece na parte de trás da imagem, com uma camisa listrada azul e branca, só assistindo a briga. "A única coisa que o meu filho fez foi quando o Carlos o ameaçou e ele (filho de Cauê) foi até a diretoria para dar queixa da ameaça". Essa confusão entre eles teria acontecido no mesmo dia das agressões no banheiro, só que o filho do serralheiro não teria batido contra Carlinhos ou feito qualquer violência neste dia, conforme relato do pai.


Cauê Rodrigues também disse que a família está tomando todas as providências cabíveis a respeito da situação e já contrataram um advogado para cuidar do caso. “Só queremos mostrar que não existem elementos suficientes para meu filho estar detido. Até porque nem mesmo as datas batem. O acontecido com o Carlos foi em março e ele faleceu em abril”. Ele também desabafa que a família está muito triste com a situação e que estão tentando entender por que o adolescente de 14 anos foi apreendido.


Além disso, a família pretende fazer uma manifestação, no qual ainda estão definindo o local e horário.


Apreensão dos adolescentes

De acordo com o boletim de ocorrência, o mandado de busca e apreensão dos menores foi expedido na última sexta-feira (3) e cumprido na manhã de segunda (6). O documento tem validade de 180 dias. Os pais dos acusados apresentaram os adolescentes no 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande.


Agora, a polícia aguarda laudos para saber se a agressão do dia 9 de abril, quando outros dois alunos teriam pulado nas costas de Carlos, teria causado a morte do adolescente. Os dois menores envolvidos neste caso ainda não foram identificados.


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