Operação da Polícia Civil na região resulta na prisão de 220 pessoas

Com efetivo de 399 policiais em 123 viaturas, a operação abrangeu os 24 municípios da Baixada Santista, do Litoral Sul e do Vale do Ribeiro, entre Bertioga e Barra do Turvo, na divisa com o Paraná

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  29/05/19  -  23:59
Atualizado em 30/05/19 - 00:22
Operação da Polícia Civil foi divulgada pelos Delegados Schneider, Gatto e Lara
Operação da Polícia Civil foi divulgada pelos Delegados Schneider, Gatto e Lara   Foto: Eduardo Velozo Fuccia/AT

Duzentos e vinte adultos foram retirados de circulação e conduzidos à cadeia durante operação de pouco mais de 24 horas desencadeada pela Polícia Civil na região.


Entre os capturados, 186 foram autuados em flagrante e 34 eram procurados da Justiça com mandados de prisão em aberto. Contra todos eles recaem os mais diversos crimes.


Ainda houve a apreensão de 32 adolescentes infratores e a detenção de 190 autores de infrações penais de menor potencial ofensivo. Estes foram liberados após a elaboração de termos circunstanciados (TCs).


Segundo o delegado Manoel Gatto Neto, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), a operação começou terça-feira (28) e terminou nesta quarta-feira (29).


“O nosso foco foi reprimir o tráfico de drogas e os crimes contra o patrimônio, como roubo, furto e receptação”, declarou o chefe regional da Polícia Civil, em entrevista coletiva na sede do Deinter-6.


Com efetivo de 399 policiais em 123 viaturas, a operação abrangeu os 24 municípios da Baixada Santista, do Litoral Sul e do Vale do Ribeiro, entre Bertioga e Barra do Turvo, na divisa com o Paraná.


Outros números foram divulgados pelo delegado Carlos Topfer Schneider, seccional de Santos. “Apreendemos cinco armas de fogo, 11 veículos de procedência ilícita ou suspeita e 40 quilos de entorpecentes.


A droga que liderou o ranking de apreensões foi a maconha, com 20,7 quilos. Depois, vieram a cocaína (18,4 quilos) e o crack (756 gramas). Também foram retirados das ruas 150 litros de lança-perfume de produção caseira.


Tráfico ao lado de escola



Um dos flagrantes de destaque foi realizado por policiais da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Santos. O delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), participou da coletiva e detalhou o caso.


“O pessoal da Dise investigava a venda de drogas no entorno da Escola Estadual Pastor Alberto Augusto, em São Vicente, e conseguiu prender em flagrante um homem que traficava no local. A ação dele até chegou a ser filmada pelos agentes”, disse Lara.


A escola fica na Rua Luís Meireles de Araújo, na Cidade Náutica, bem no meio do Conjunto Tancredo Neves. O acusado é Ivan Maurício Pereira de Barros Barbosa, de 24 anos.


Em uma posição estratégica, os investigadores filmaram o jovem recebendo dinheiro de viciados e, logo em seguida, entregando-lhes drogas. Cada vez que era procurado, Ivan buscava a quantidade de entorpecente solicitada no pátio de um prédio.


No momento da abordagem, ocorrida ao lado da escola pública, Ivan portava R$ 56,00. No lugar onde ele escondia as drogas foram achadas 46 cápsulas de cocaína. Cada uma era vendida por R$ 5,00, conforme disse o acusado.


Operação cronos II


Gatto também informou que, simultaneamente à operação do Deinter-6, os policiais da região participaram de outra deflagrada pelas polícias civis dos 26 estados e do Distrito Federal.


“O conselho dos chefes de Polícia Civil do País desencadeou entre terça e quarta-feiras a segunda fase da Operação Cronos para cumprir mandados de prisão de autores de homicídio e feminicídio”, explicou o diretor do Deinter-6.


No Brasil houve 937 prisões. Mais da metade das capturas (499) aconteceu no Estado de São Paulo. Na Baixada Santista, no Litoral Sul e no Vale do Ribeira ocorreram 27.


“Os números regionais da Cronos II são expressivos, se levarmos em conta que não temos represada grande quantidade de mandados de prisão. A nossa meta é cumprir as ordens de captura tão logo elas sejam expedidas”, justificou Gatto.


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