Mãe e filha são presas com 78 quilos de maconha em Santos
Segundo investigações da Polícia Civil, suspeita agia para líderes e gerentes de pontos de tráfico da região ligados ao PCC
Motorista cadastrada em dois aplicativos de transporte de passageiros, Vanessa Tavares Ribeiro, de 40 anos, foi presa com 78 quilos de maconha em seu carro de trabalho. Moradora em São Vicente, a mulher tinha como passageira a filha adolescente, de 17 anos. A captura da dupla aconteceu na quinta-feira (28) à tarde, em Santos.
Policiais da 1ª Delegacia de Investigações Criminais (antiga DIG) receberam informações de que um Chevrolet Onix branco era utilizado para transportar grandes quantidades drogas de São Paulo para Santos. O mesmo carro ainda seria usado para distribuir os entorpecentes em diversos locais da Baixada Santista.
Sob a supervisão do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior e do investigador Paulo Carvalhal, os policiais Paulo Álvaro Ribeiro e Rodrigo de Camargo identificaram Vanessa. Os agentes também apuraram que ela se aproveitava da condição de motorista dos aplicativos para disfarçar as suas atividades ilícitas.
O avanço das investigações revelou que Vanessa agia para líderes e gerentes de pontos de tráfico da região ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Após a descoberta de que a mulher viajou a São Paulo na quinta-feira para buscar entorpecentes, os policiais traçaram um plano para abordá-la na volta.
O Onix foi interceptado na Via Anchieta, próximo à entrada de Santos, por volta das 15 horas. Divididos em 62 tijolos, os 78 quilos de maconha estavam distribuídos no porta-malas e no banco traseiro. Vanessa nada quis comentar, segundo os investigadores. Com a mulher e a filha foram apreendidos dois celulares. Os aparelhos serão periciados.
O delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau autuou Vanessa em flagrante pelos crimes de tráfico, agravado por envolver adolescente, e corrupção de menor. A filha da motorista de aplicativo foi liberada para parentes, mas ela responderá por “ato infracional” equiparado a tráfico de drogas perante a Vara da Infância e da Juventude.
“Pela quantidade de drogas e pelo forte odor presente dentro do veículo não haveria como a adolescente ignorar o transporte da maconha”, observou Rivau. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a garota está sujeita a medida socioeducativa de internação até o prazo máximo de três anos.
Somadas, as penas dos crimes atribuídos a Vanessa variam de 6 anos e dez meses a 29 anos de reclusão. A mulher foi encaminhada à cadeia feminina anexa ao 2º DP de São Vicente (Cidade Náutica). Com emplacamento de Belo Horizonte (MG), o Onix pertence a uma locadora e foi apreendido pelo delegado.
