Uma jovem de 19 anos foi brutalmente agredida na noite do último domingo (28), em Praia Grande. Ela caminhava pelo bairro Tude Bastos quando dois homens a obrigaram a entrar em um carro e a espancaram. Segundo a mãe da vítima, a homofobia pode ter motivado o crime. “Eles falaram que se ela quisesse ser igual a um menino, iria apanhar igual a um homem”, revela.
De acordo com a Polícia Civil, a agressão ocorreu por volta das 18h30, quando ela voltava para casa. A vítima passava por uma travessa da Rua Armando Light Filho, quando foi abordada por dois homens que estavam em um carro. Eles perguntaram o horário para a jovem, que estava com fones de ouvido e só respondeu após a dupla questionar de maneira agressiva pela terceira vez.
Em seguida, eles ordenaram que a jovem entregasse o celular. A vítima reagiu e respondeu que não entregaria o aparelho. A mãe da vítima, que prefere não se identificar, disse que a dupla, na sequência, questionou se a filha era um homem. “Eles perguntaram para ela se era um menino, já que estava vestindo bermuda e regata masculina. Ela respondeu que sim”, explica.
Após isso, um dos suspeitos desceu do veículo e começou a agredi-la com chutes e socos na região das costelas e nas pernas, e forçou a jovem a entrar no automóvel. Dentro do carro, ela recebeu socos em várias partes do corpo. A jovem foi abandonada pela dupla em uma rua do mesmo bairro. Os suspeitos fugiram sem levar nenhum pertence.
A parente conta que, após o ocorrido, a filha relatou que a homofobia pode ter motivado as agressões, já que não roubaram seu celular e mochila. O caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande e segue sendo investigado pela polícia.