Garçom processa loja após acusação de furto e humilhação em público no Litoral de SP

Jovem afirma ter ficado constrangido e com vergonha na presença de outros clientes

Por: ATribuna.com.br  -  25/04/24  -  20:37
Atualizado em 26/04/24 - 11:01
Funcionários abordaram o garçom acusando-o de furto e, depois, tentaram reverter a situação
Funcionários abordaram o garçom acusando-o de furto e, depois, tentaram reverter a situação   Foto: Arquivo pessoal

Um homem de 26 anos está processando uma loja de calçados depois que foi acusado injustamente de ter furtado itens do estabelecimento comercial. O caso aconteceu em janeiro deste ano, no comércio que fica na Avenida Padre Anchieta, no Centro de Peruíbe, Litoral de São Paulo. O jovem diz ter sido constrangido na frente de outros clientes e, por isso, entrou com uma ação de danos morais contra a loja.


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Segundo descrito no processo, o jovem, que trabalha como garçom, relata que teria ido até a loja para olhar alguns pares de tênis, mas, ao sair do local, foi seguido por dois seguranças e um funcionário. Na abordagem, que aconteceu na rua, o homem foi acusado de ter furtado objetos do estabelecimento comercial.


No boletim de ocorrência, registrado como calúnia na delegacia eletrônica, o jovem relata que foi informado pelo funcionário de que deveria retornar à loja, pois a gerente teria visto nas câmeras o momento em que ele supostamente furta os itens.


De volta ao estabelecimento, o garçom pediu que as imagens que provariam o furto fossem mostradas a ele, mas a gerente apareceu e disse que a filmagem não existia. No processo, ainda foi destacado que os fatos foram presenciados por várias pessoas, gerando grande constrangimento e vergonha ao jovem.


Toda a abordagem foi filmada pela namorada do garçom. Nas imagens, ele aparece sendo abordado e levado de volta à loja. No local, a gerente tenta amenizar a situação, desmentindo a informação de que ele tivesse cometido o furto e falando que não tinham acesso às imagens. No entanto, o jovem e a namorada confirmam que houve a acusação fora do estabelecimento e, inclusive, o funcionário teria puxado o braço dele para retornar ao local.


Diante dos fatos, o garçom procurou ajuda judicial e entrou com um processo de danos morais contra a loja, com o valor de R$ 50 mil em indenização. No documento, ele ainda expõe que não tem interesse em participar de uma audiência de conciliação.

A reportagem entrou em contato com a loja, que informou por meio de nota que não apenas valoriza o tratamento digno e respeitoso a todas as pessoas, mas também reconhece que é responsabilidade assegurar que esses valores se reflitam em todas as ações e políticas da empresa.


"Lamentavelmente, falhamos neste compromisso quando um de nossos clientes foi erroneamente e injustamente acusado de furto por nossa equipe. O tratamento recebido pelo cliente afetado é inaceitável e não pode ser justificado sob nenhuma circunstância. Reconhecemos a seriedade desse ato e estamos tomando medidas imediatas para garantir que isso não se repita", afirma a empresa.


A loja também afirmou que está realizando uma investigação completa sobre o ocorrido e atuará com rigidez, de forma a garantir que diretrizes sejam cumpridas. Além disso, entrará em contato com o cliente afetado para pedir desculpas diretamente e discutir como poderá reparar o dano causado.


Ainda em nota, a empresa declara que o incidente obriga a refletir e agir decisivamente para honrar o compromisso com todos os clientes e a comunidade. "A loja está comprometida em ser uma força para o bem na nossa comunidade, e aceitamos a responsabilidade de garantir que todos os indivíduos sejam tratados com respeito e dignidade".


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