Criminosos roubam R$ 2,5 mil de idosa em golpe do falso sequestro, em Santos

Criminosos falaram para mulher, de 75 anos, que neta havia sido raptada. Caso foi registrado no 7º DP

Por: Eduardo Velozo Fuccia & Da Redação &  -  04/01/20  -  20:57
Atualizado em 04/01/20 - 21:13
Quadrilhas especializadas se valem de laranjas e de documentos falsos para abrir várias contas
Quadrilhas especializadas se valem de laranjas e de documentos falsos para abrir várias contas   Foto: Divulgação

Corriqueiro e cometido na maioria das vezes por presos de dentro de cadeias, o golpe do falso sequestro vitimou uma idosa de 75 anos em Santos. Imaginando que estivesse pagando resgate para libertar a neta, a idosa transferiu R$ 2.500,00 de sua conta para a de um correntista da agência da Caixa Econômica Federal, no Centro do município baiano de Jequié.


O golpe foi cometido na manhã de quinta-feira (2). Porém, a vítima só compareceu no dia seguinte ao 7º DP de Santos (Gonzaga) para comunicar o crime.


Segundo ela, um homem ligou para o seu telefone e colocou alguém com voz feminina na linha. Esta pessoa afirmou à idosa ser a sua neta e disse que havia sido sequestrada. Em seguida, o homem deu prosseguimento ao diálogo, exigindo o pagamento de resgate, caso contrário mataria a neta da idosa.


Acreditando ter falado com a neta, a vítima alegou ter pouco dinheiro e o criminoso aceitou a quantia que ela disse dispor. Ele também forneceu o número de uma conta de agência do mesmo banco do qual a idosa é cliente.


A mulher apenas percebeu que havia sido enganada depois de realizar a operação bancária e comunicar o ocorrido a familiares. Eles conseguiram entrar em contato com a neta, que se encontrava trabalhando.


Várias contas


No golpe do falso sequestro os bandidos têm diversas opções de contas, mas indicam aquela que seja do mesmo banco do qual a vítima é correntista. Por serem imediatas, as transferências entre agências da mesma instituição financeira inviabilizam eventuais cancelamentos.


Nesse tipo de delito, as quadrilhas especializadas se valem de laranjas e de documentos falsos para abrir várias contas. Por esse motivo, é provável que nem exista de fato a pessoa em Jequié (a 365 quilômetros de Salvador), em cuja conta houve a transferência dos R$ 2.500,00.


Também é provável que o valor transferido tenha sido repassado para outra conta da quadrilha em estado diferente, antes de ser sacado em um algum caixa eletrônico.


Essas operações acontecem em poucos minutos, por meio dos aplicativos dos bancos. Elas fazem parte de uma estratégia dos marginais para evitar prisões em flagrante e dificultar as investigações.


De qualquer modo, a Polícia Civil está com todos os dados da conta de Jequié para a qual houve o repasse do pretenso resgate.


Essas informações são investigadas com o objetivo de se identificar envolvidos no esquema criminoso. A idosa não soube dizer o número da linha telefônica usada no falso sequestro da neta.


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