O que seria um Dia das Mães celebrado ao lado dos entes queridos se transformou num pesado interminável para uma manicure de 50 anos. Ela foi estuprada e roubada por um suposto motorista de aplicativo, no último domingo (10), a caminho da casa de sua filha, na Área Continental de São Vicente. Mesmo sob ameaça de arma de fogo, a vítima conseguiu escapar do algoz, quando passou a ser alvo de nova tentativa de violência sexual.
Conforme informações da Polícia Civil, a vítima mora em Pedro de Toledo. Para se dirigir à casa de sua filha, pegou um ônibus para Peruíbe, onde embarcaria em outras conduções com destino final à Área Continental vicentina. No ponto de ponto de táxi, na Rua José Rubens Nogueira Souza, um homem se identificou como motorista de aplicativo e ofereceu a viagem.
A vítima aceitou o trajeto e entrou num carro prata. Na altura do bairro Gaivota, em Itanhaém, ela percebeu que o condutor havia desviado do caminho indicado previamente combinado. À polícia, a vítima relatou que o suspeito conduziu o veículo em uma área periférica da cidade, parando numa via deserta.
Nesse instante, o homem exibiu uma arma de fogo e, sob grave ameaça, obrigou a vítima a manter relações sexuais com ele. Após o ato sem consentimento, o motorista andou mais um pouco com o carro e mandou a manicure descer, e entregasse celular e dinheiro.
O agressor obrigou a manicure a colocar as mãos na cabeça e caminhar por uma rua, enquanto ele a acompanhava de dentro do carro, dirigindo bem devagar. Ele ordenada que a vítima disfarçasse quando avistava algum morador nas imediações. Após um período, o suspeito acelerou o carro e seguiu viagem.
Desorientada, a vítima continuou andando e pediu carona para um motorista de um carro vermelho. O homem a acolheu. Contudo, conforme a evolução da conversa com o novo condutor, a manicure desconfiou que seria novamente vítima de agressão sexual. Em desespero, ela chorou e conseguiu descer do veículo.
A manicure caminhou até um ponto em que haviam pessoas reunidas, que a ajudaram a encontrar um táxi, que a conduziu para a casa da filha. Após contar sobre a violência, ela foi levada para o 3º DP de São Vicente (Rio Branco) e foi orientada a procurar uma unidade de saúde da cidade para receber atendimento.
No Pronto Socorro do Humaitá, a vítima foi informada de que não havia material para fazer exame. Encaminhada ao DP-Sede de São Vicente, ela foi submetida a exame no Instituto Médico Legal (IML). O caso foi registrado para a Delegacia de Defesa da Mulher de Peruíbe, onde segue sob investigação da Polícia Civil.