Cabeleireiro condenado por esganar Léia Schenkel é capturado em São Vicente

Crime aconteceu no apartamento de vítima, que tinha 16 anos, em janeiro de 2009

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  31/08/19  -  16:27
Atualizado em 31/08/19 - 17:19
Vítima foi morta por cabeleireiro quando tinhas 16 anos
Vítima foi morta por cabeleireiro quando tinhas 16 anos   Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelo assassinato de uma adolescente em São Vicente, o professor de capoeira e cabeleireiro Luiz Rodolfo Justino da Silva, de 37 anos, foi capturado às 21 horas da última sexta-feira (30), na Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, na Cidade Náutica.


Policiais da Força Tática do 39º BPM/I realizavam patrulhamento pelo bairro e perceberam que Luiz Rodolfo demonstrou nervosismo ao perceber a viatura. Essa atitude motivou a abordagem e nada de irregular havia com o suspeito. Porém, pesquisa de antecedentes revelou a sua condição de procurado da Justiça.


Luiz Rodolfo era procurado desde 21 de novembro de 2018, quando o juízo da 1ª Vara Criminal de São Vicente expediu o seu mandado de prisão. A condenação por homicídio qualificado imposta ao cabeleireiro refere-se à morte da estudante Léia Cristina da Quinta Schenkel, de 16 anos, por asfixia mecânica mediante esganadura.


O crime aconteceu no apartamento da vítima, na Rua Guarani, no Parque São Vicente, em 25 de janeiro de 2009. No momento do homicídio, a adolescente, que residia com a irmã adulta, estava sozinha e dormia. Luiz Rodolfo foi filmado por câmera do edifício chegando ao local, porque ali residia a sua avó. Ele sempre negou ter matado Léia.


Equipe da Polícia Militar encontrou foragido ao realizar patrulhamento
Equipe da Polícia Militar encontrou foragido ao realizar patrulhamento   Foto: Divulgação/ Polícia Militar

Júris


Com o esclarecimento do caso, o cabeleireiro teve a prisão preventiva decretada e foi capturado. Em 3 de maio de 2011, houve o seu julgamento no Fórum de São Vicente, sendo ele absolvido e solto. A sua defesa foi realizada pelo advogado Alex Sandro Ochsendorf.


Sob a alegação de que a decisão dos jurados foi contrária às provas do processo, o Ministério Público (MP) recorreu e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou o júri. Em novo julgamento, realizado no dia 14 de setembro de 2016, Luiz Rodolfo foi condenado a 16 anos e quatro meses.
O réu chegou ao plenário livre e saiu preso, porque lhe foi negada a possibilidade de apelar solto.


Ochsendorf não atuou no segundo julgamento, mas reassumiu a defesa do cabeleireiro para recorrer ao TJ-SP. O advogado também impetrou habeas corpus, com pedido liminar, para que o cliente aguardasse em liberdade o julgamento do recurso.


A liminar foi concedida, sendo Luiz Rodolfo solto 12 dias após. Depois, por ocasião da apreciação do mérito, foi negado o habeas corpus e cassada a liminar, mas o cabeleireiro permaneceu foragido. O TJ-SP também manteve a condenação, mas Ochsendorf disse neste sábado que tenta anular o júri do cliente no Supremo Tribunal Federal (STF).


Vítima foi encontrada morta dentro de apartamento em São Vicente
Vítima foi encontrada morta dentro de apartamento em São Vicente   Foto: Arquivo Pessoal

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