Baixada Santista tem menor nível de crimes desde 2002

Homicídios, tentativas de homicídio, latrocínios (roubos seguidos de morte) e furtos de veículos diminuíram em 2019

Por: Nathália de Alcantara  -  25/01/20  -  23:02
Roubos e furtos em geral encerraram o mês julho com redução na Baixada Santista
Roubos e furtos em geral encerraram o mês julho com redução na Baixada Santista   Foto: Irandy Ribas / AT

Pode não ser a sensação que você tem ao andar na rua, mas dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública mostram que, em 2019, a Baixada Santista teve os menores números de homicídios, tentativas de homicídio, latrocínios (roubos seguidos de morte) e furtos de veículos desde 2002.


Segundo o coronel Rogerio Pedro Silva, comandante regional da Polícia Militar, o número de ocorrências tem caído consideravelmente, mês a mês, desde 2017. “Temos observado a diminuição do número de crimes, principalmente os que envolvem violência”.


Segundo o coronel, a Baixada Santista teve 718 homicídios em 2002, quando a polícia começou a fazer um levantamento das ocorrências. No ano passado, foram 113.


“Observamos que a violência na região realmente diminuiu, e isso é fruto de um trabalho intensivo”.


Na comparação com 2018, o crime que mais teve redução em 2019 foi o de roubo de carga (-35,7%), seguido de roubo de veículo (24,9%) e homicídio doloso (-15,7%).


“O furto de veículos nos traz um retorno muito significativo sobre essa redução dos crimes. As pessoas podem não registrar algumas ocorrências, mas, em se tratando de carro, um bem mais caro, é raro isso acontecer. Por isso, os números estão muito perto da realidade”, explica o coronel.


Aumentos


Entretanto, houve aumento no número de casos de estupro de vulnerável (9%), furto (8,9%) e estupros contra maiores de 14 anos (3%).
“Sabemos que a subnotificação no caso do estupro de vulnerável é algo que chega a 85%. Por isso, estamos em campanha para orientar, inclusive, professores. As pessoas precisam denunciar esses casos”, diz o comandante.


Pedidos


O coronel Rogerio orienta que cada um também pode fazer a sua parte para melhorar os números. “Se a pessoa for vítima, tenha a paciência de registrar o boletim de ocorrência pessoalmente ou pela internet. Isso é muito importante”.


Ele diz que esse registro ajuda a polícia a direcionar o policiamento e, até, a alterar os locais de patrulhamento, com base nas notificações. “Ao ver alguém passar por situação de perigo, ligue para 190. Quando terceiros entram em contato com a polícia, por estarem mais calmos, conseguem passar mais detalhes, e o aproveitamento é melhor”.


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