Um arsenal de guerra e 647 quilos de cocaína foram apreendidos em uma oficina mecânica em Guarujá, às 21h30 de quarta-feira (17). Proprietário da oficina, o mecânico de automóvel Lourival Francisco Idelfonso, de 31 anos, foi preso em flagrante por tráfico de droga e posse ilegal de armas de fogo e munições.
O acusado disse que a cocaína e o arsenal bélico não lhe pertencem. Ele alegou que os guardava para um homem chamado Daniel, sem revelar mais informações. Lourival afirmou que ganharia R$ 20 mil.
Integrantes do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) realizavam patrulhamento de rotina pelo Jardim Boa Esperança, em Vicente de Carvalho, quando sentiram um forte cheiro de droga.
Segundo eles, o odor exalava do interior da oficina da Rua Álvaro Leão Carmelo, 51. Na frente do estabelecimento estavam cinco homens, entre os quais Lourival, que se identificou como o dono.
Indagado se havia algo de ilícito na oficina, o mecânico demonstrou nervosismo, aumentando a suspeita dos policiais militares.
Em um quarto localizado no mezanino do estabelecimento foram encontrados três fuzis dentro de uma mochila, além de uma sacola com 251 munições intactas, duas deflagradas e três carregadores. Também havia no quarto duas bolsas contendo dezenas de tijolos de cocaína.
As buscas prosseguiram até o escritório da oficina, situado no térreo. Neste local foi apreendida uma metralhadora calibre .30. Com capacidade para abater aeronaves, esta arma estava municiada com 50 cartuchos e tinha tripé de sustentação.
Mais nove munições de fuzil, carregador de pistola, seis lacres intactos de contêiner e centenas de tijolos de cocaína em 18 bolsas foram encontrados no escritório.
Os lacres são indícios de que o entorpecente seria colocado em contêineres a serem despachados de navio para o Exterior. Ao todo foram contabilizados 593 tabletes de cocaína, totalizando 647 quilos.
O mecânico disse que os quatro homens com os quais conversava na calçada são seus amigos. Porém, eles ignoravam a existência das drogas, armas e munições.
O delegado Maurício Barbosa Júnior autuou Lourival em flagrante e liberou os demais homens após ouvi-los como testemunhas da apreensão.
Dois advogados compareceram à Delegacia de Guarujá. Eles informaram que iriam "estudar a situação", mas ainda não foram contratados.
